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sexta-feira, 19 de abril de 2024

8 anos da Lei Maria da Penha protegendo direitos para todas as brasileiras

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29/09/2014 10h42

No dia 7 de agosto, a Lei nº 11.340/2006 completou seu oitavo ano de vigência como a lei mais conhecida do País – reconhecida por 98% dos brasileiros, não pelo seu número, mas como a “Lei Maria da Penha”. Sua promulgação representou um marco no compromisso do Poder Público em prevenir, coibir e punir a violência doméstica praticada contra mulheres.

De lá pra cá, alguns desafios já mapeados por quem atua na efetivação da Lei no dia a dia das brasileiras seguem no horizonte, como a necessidade de ampliação dos equipamentos especializados no território nacional, a formação de equipes multidisciplinares para atuar nesses serviços e a capacitação dos profissionais para uma melhor compreensão sobre a desigualdade de gênero que estrutura as relações, perpetuando a violência doméstica e intrafamiliar contra mulheres de todas as idades, raças, etnias e níveis socioculturais.

A aplicação da Lei nestes oito anos revelou ainda novos desafios para o enfrentamento dessa violência. Situações como o uso da internet para ameaçar, difamar e perseguir mulheres – fenômeno que ficou conhecido como ‘vingança virtual’ – ou as dificuldades de processar graves violações dos direitos das mulheres que não deixam marcas aparentes, como a violência psicológica, evidenciaram a necessidade de aperfeiçoamentos nos mecanismos vigentes de aplicação da Lei pelos sistemas de Segurança e Justiça.

Neste contexto, o Informativo Compromisso e Atitude chega ao seu sétimo número reunindo uma série de entrevistas exclusivas – com defensores, promotores, juízes e especialistas de diferentes áreas – em matérias especiais que buscam contribuir para o debate em relação às barreiras que ainda precisam ser superadas.

Entre esses agentes, uma avaliação é unânime: a Lei Maria da Penha é para todas as mulheres, de um modo geral, mas deve ser aplicada tendo em vista o contexto individual de cada caso, evitando-se, assim, que estigmas e estereótipos tornem-se mais uma barreira para o acesso à Justiça.

Os entrevistados ressaltam ainda os significativos avanços contabilizados nestes oitos anos e, entre eles, destacam: a Lei foi exitosa em colocar em curso a enorme mudança cultural a que se propôs, mostrando para todos e todas que a violência contra as mulheres não é uma questão da esfera privada, mas sim um crime e um grave problema social, cujo enfrentamento é uma responsabilidade coletiva e exige um pacto de não-tolerância entre Estado, empresas e sociedade.(www.compromissoeatitude.org.br)

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