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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Agressões frequentes contra a mulher podem terminar em assassinato

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16/04/2014 06h00

92% dos brasileiros acreditam que agressões frequentes contra a mulher podem terminar em assassinato

No estudo, no qual 1.500 pessoas foram ouvidas nas 5 regiões do país em maio de 2013, 88% dos entrevistados consideram que os assassinatos de mulheres por parceiros aumentaram nos últimos cinco anos, e 91% acreditam que, atualmente, esses crimes são mais cruéis e violentos

Sejam velados ou explícitos, os casos de violência doméstica contra a mulher brasileira mostram um cenário alarmante, que nos últimos dias ganhou mais notoriedade.

Pesquisa realizada em maio do ano passado pelo Instituto Data Popular, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão, mostra que 92% de homens e mulheres acreditam que as agressões contra a mulher, quando ocorrem frequentemente, podem terminar em assassinato.

Os entrevistados também responderam à pergunta: mulher que apanha é porque provoca? O resultado mostrou que 65% discordaram da frase, 17% concordaram e os demais não se posicionaram.

No estudo, que capta a percepção de homens e mulheres sobre o cenário de violência doméstica no que diz respeito aos assassinatos de mulheres por seus parceiros ou ex-parceiros, 85% de homens e mulheres concordam que as mulheres que denunciam seus agressores correm mais riscos de serem assassinadas por eles.

“A pesquisa mostra que a violência contra a mulher é uma questão que preocupa a população e que, na percepção dos entrevistados, vem crescendo.

A maioria acredita que os crimes contra as mulheres aumentaram nos últimos cinco anos. É um cenário que precisa urgentemente ser revertido”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular.

Entre as principais razões para a mulher não se separar do agressor, 66% acreditam que a mulher tem vergonha de que outras pessoas saibam que ela sofre violência, enquanto 58% acham que a mulher tem medo de ser assassinada se terminar a relação. Para 43%, o fim do relacionamento é visto como o momento de maior risco à mulher que sofre agressão.

Na pesquisa, 88% dos entrevistados consideram que os assassinatos de mulheres por parceiros aumentaram nos últimos cinco anos, e 91% acreditam que, atualmente, os assassinatos de mulheres são mais cruéis e violentos.

Mais inseguras dentro de casa

Outro dado que chama a atenção é que metade da população considera que a mulher se sente mais insegura dentro de casa, sendo que a cada 10 brasileiros, sete acreditam que a mulher sofre mais violência no ambiente doméstico.

A pesquisa mostra que 56% da população – ou seja, 67 milhões de pessoas – conhecem um homem que já agrediu uma parceira.

Já 54% dos entrevistados declararam conhecer ao menos uma mulher que já foi vítima de violência do parceiro ou ex-parceiro. Para 69%, os casos de violência não ocorrem apenas em famílias pobres.

Para 86% dos homens e mulheres, quem ama não bate. Já 9% acham que bater na parceira não deveria ser considerado crime, enquanto 86% concordam que agressão contra a mulher deve ser denunciada à polícia.

O levantamento mostra, ainda, que, quando o assunto é a busca por ajuda, 31% das mulheres conhecem uma mulher que já utilizou algum serviço de apoio, sendo que 97% indicariam a segurança pública como serviço de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.

Também para 86% dos entrevistados, as mulheres passaram a denunciar mais os casos de violência doméstica após a Lei Maria da Penha, mas a metade da população ainda considera que o modo como a Justiça pune esses casos não é eficiente para reduzir essa violência.

Acesse aqui a íntegra da pesquisa, realizada para a Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha.((Data Popular / Agência Patrícia Galvão)

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