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sexta-feira, 29 de março de 2024

Assassinatos de jovens de 16 e 17 anos cresceram sete vezes entre 1980 e 2013

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04/07/2015 08h00

Dados do novo Mapa da Violência mostram que o número de assassinatos de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos cresceu mais de cinco vezes e meia entre 1980 e 2013. Especificamente entre os jovens de 16 e 17 anos o crescimento foi ainda maior: sete vezes.

De acordo com os dados, 93% dos casos de assassinato são de meninos e rapazes. Oito de cada dez deles não terminaram o ensino fundamental (e 20% eram analfabetos funcionais). Para cada homicídio de um jovem branco houve três homicídios de jovens negros.

Os dados estão disponíveis na internet no site mapadaviolencia.org.br e foram apresentados pela primeira vez na segunda-feira (29) na CPI do Assassinato de Jovens no Senado Federal pelo sociólogo Júlio Jacobo, autor do estudo.

O pesquisador, Júlio Jacobo, elabora o Mapa da Violência a partir de dados do IBGE, do SUS e da Organização Mundial da Saúde.

Segundo ele, para tentar solucionar o problema o Brasil trata apenas das consequências mas não das razões sociais.

“O primeiro passo da cura: a consciência da enfermidade. Se a gente não é consciente sobre quais são os nossos problemas, nunca vamos solucioná-los.”

Júlio Jacobo apresentou o Mapa da Violência em audiência conjunta com o cientista político e antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública.

A audiência foi acompanhada apenas pela presidente da CPI, Lídice da Mata (PSB-BA). Para Luiz Eduardo Soares, a audiência vazia foi sintomática.

“Essa desatenção dos personagens sociais se extende aos argumentos que chamam atenção para esse fenômeno.

Então hoje foi um pouco essa cena reproduzida, um auditório com pessoas excelentes, e é como se o debate não tivesse relevância, ele ficou também um pouco negligenciado.”

A divulgação dos resultados do Mapa da Violência ocorreu na véspera da provável votação na Câmara dos Deputados da emenda constitucional 171 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, homicídio e roubo qualificado.

Já no Senado está pronto para votação em Plenário, com regime de urgência, o projeto de lei que estende de três para oito anos o período máximo de internação em regime especial de atendimento socioeducativo, para jovens que praticarem crimes hediondos.(Radioagência Nacional)

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