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quinta-feira, 28 de março de 2024

Até 2016, quase todos os carros terão câmbios automático ou automatizado

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17/04/2014 09h20

Concorrência forçará oferta das transmissões que dispensam o pedal da embreagem.

O trânsito intenso nas grandes cidades e o próprio avanço da tecnologia forçarão, nos próximos dois anos, um movimento que se mostra irreversível: a oferta de câmbios automáticos ou automatizados nos carros.

Item de luxo nos anos 90, as transmissões que dispensam o pedal de embreagem chegarão os carros populares até 2016 e invariavelmente terão demanda crescente em nome do conforto — e em alguns casos, da economia de combustível.

Confira a seguir os populares que já possuem ou terão, em breve, versões automáticas/automatizadas.

Renault

Um dos lançamentos mais aguardados de 2014, o novo Renault Sandero chega às lojas ainda na primeira metade do ano completamente renovado e com câmbio automatizado inédito, revelado de forma inusitada — a transmissão já consta no manual do proprietário do sedã Logan, que também terá a caixa em sua gama

Obviamente, o sedã Logan também terá o câmbio automatizado de cinco marchas disponível em seu leque de versões. A dúvida é quando a transmissão ficará disponível, se vai estrear com o Sandero ou nos dois compactos simultaneamente. Neste último caso, a transmissão pode ficar para o Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro.

Ainda na gama Renault, o Sandero Stepway terá a mesma caixa automatizada. Contudo, a versão aventureira só deve estrear no segundo semestre, tendo como palco justamente o Salão de São Paulo.

Volkswagen

Lançado no fim de fevereiro, o Volkswagen Up ainda terá novidades no decorrer de 2014, e uma delas é justamente a introdução do câmbio automatizado I-Motion, já disponível na família de compactos (Fox, Gol, Voyage, SpaceFox ePolo). Não há uma data prevista para a estreia da transmissão. Nosso palpite é de que a caixa chegue ao novo popular no segundo semestre, também no Salão de São Paulo, entre outubro e novembro.

Com cinco marchas, modo sequencial e três posições (Neutro, Drive e Ré), o câmbio I-Motion surgiu em 2009 e, pouco a pouco, foi introduzido na gama de compactos pela Volkswagen.

A transmissão custa cerca de R$ 2.500 — a metade do preço de um câmbio automático convencional, com conversor de torque. A diferença está justamente nesta peça: em vez do conversor, a caixa é gerenciada por um cérebro eletrônico (unidade de comando), responsável por realizar as trocas de marcha, considerando parâmetros pré-definidos pela fabricante.

Neste mês de abril, a Volkswagen apresentou a segunda geração do câmbio I-Motion, junto com a linha 2015 de Gol, Voyage e Saveiro e o novo motor 1.6 16V MSI. De acordo com a montadora, a transmissão está mais rápida na leitura das informações. Disponível por enquanto apenas no Gol Rallye, a caixa recebeu a “versão 2” do software de gerenciamento eletrônico e está mais suave e dinâmica nas trocas de marcha.

A transmissão também será lançada no restante da linha ao longo de 2013, incluindo o hatch Fox, que deve ser reestilizado dentro em breve, na última atualização antes de se tornar um carro global — feito sobre a plataforma MQB, usada pelo novo Golf. Detalhe importante: o I-Motion seguirá com a oferta do modo sequencial com borboletas (paddle-shifts) no volante.

Fiat

Na arquirrival Fiat, o câmbio Dualogic, pioneiro entre os automatizados no Brasil, já recebeu sua segunda geração em 2013 e seguirá com demanda crescente dentro da gama da marca italiana. Inclusive, a caixa deve chegar ao modeloNovo Uno na reestilização que será promovida no segundo semestre deste ano.

O Uno mudará pouco. Porém, as maiores mudanças serão feitas no interior, que terá painel novinho em folha e deve ganhar a transmissão automatizada para poder brigar com o Volkswagen Up, seu rival direto. Especulações dão conta de que o modelo pode não ter alavanca — as posições do câmbio Dualogic seriam acionadas por botões

Disponível em praticamente todos os modelos compactos nacionais, o câmbio Dualogic ganhou, na segunda geração, a função “Creeping”, que mantém a primeira marcha engatada para simular um câmbio automático convencional. Antes, quando parado, a transmissão não movia o veículo, como se estivesse em modo “Neutro”.

Chevrolet

Mais arrojada após uma década sem grandes inovações, a Chevrolet já disponibiliza opção de câmbio automático de seis marchas nos compactos Onix e Prisma desde 2013. A caixa estreou no mexicano Sonic e no médio Cruze.

Inicialmente, o câmbio automático da Chevrolet não oferecia modo sequencial para trocas manuais. A opção surgiu justamente na dupla Onix/Prisma, em 2013, com melhorias promovidas. Segundo a General Motors, a transmissão foi recalibrada e passou a oferecer trocas 50% mais rápidas, além do modo manual.

Hyundai

Sucesso de vendas desde a sua estreia, em outubro de 2012, o Hyundai HB20 chegou ao mercado brasileiro já com opção de câmbio automático — este convencional, mas apenas com quatro marchas.

A principal diferença em relação ao câmbio dos Chevrolet Onix e Prisma é a ausência do modo sequencial. No caso do Hyundai, a transmissão possui apenas modos de “reduzida”, com as posições “3”, “2” e “L” (de Low), para situações que requerem o máximo de torque na saída, como em rampas.

A transmissão automática de quatro marchas da Hyundai — disponível no trio HB20, HB20S e HB20X — é um dos poucos itens defasados diante da concorrência, em especial os dois compactos Chevrolet.

Nissan

Sem opção de câmbio automático desde o lançamento, o novo Nissan March estreia em maio e, por enquanto, seguirá sem a oferta de transmissão que dispensa o pedal de embreagem.

Contudo, é quase certo que a marca japonesa disponibilize um câmbio automático para o March nos próximos meses, até para dar sequência ao plano de crescimento que envolve a construção da fábrica em Resende (RJ).

Ford

Outro que, por enquanto, não tem previsão de ganhar versão com câmbio automático é o novo Ford Ka. Com lançamento definido para o período da Copa do Mundo, o compacto chega às concessionárias brasileiras até julho nas carrocerias hatch e sedã (esta inédita). O hatch será equipado apenas com o novo motor 1.0 de três cilindros e câmbio manual.

A Ford nega até o momento e, por questões de custo, faz sentido que o novo Ka não receba o câmbio Powershift, com dupla embreagem e seis marchas. Esta transmissão, a mais moderna do Brasil para compactos, por enquanto está restrita ao New Fiesta, o EcoSport e o médio Focus — carrocerias hatch e sedã.

Com custo elevado, a transmissão Powershift deve ficar de fora até do inédito Ka Sedan, que terá opção em sua gama o motor 1.5 flex de até 111 cv disponível no New Fiesta.

Até o momento, a caixa automatizada é associada apenas aos motores 1.6 flex e 2.0 flex do trio New Fiesta, EcoSport e Focus.
(R7 Notícias)

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