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quinta-feira, 28 de março de 2024

Bolsa Família é degrau para inclusão econômica

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17/05/2014 07h27

Cido Costa

Dos 3,8 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) do país registrados até abril, cerca de 390 mil são beneficiários do Bolsa Família.

Dos 3,8 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) do país registrados até abril, cerca de 390 mil são beneficiários do Bolsa Família, segundo estudo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O número de MEIs que já receberam o Bolsa Família vem aumentando com o passar dos anos. Os dados mostram que, em 2011, uma parcela de 7,3% de beneficiários tinham pequenos negócios formalizados.

Esse grupo é composto por mulheres, classificadas como jovens, de origem nordestina e com pouca escolaridade.

São, em sua maior parte, mães e chefes de família que atuam na área de serviços, como o de comerciantes de roupas, vendedoras ambulantes, manicures, e cabeleireiras.

Além da regulação de seus empreendimentos, esse empreendedores têm acesso à rede de proteção social oferecida pela assistência social e também pela Previdência Social.

“Os microempreendedores têm a oportunidade de ter o seu negócio formalizado, ter estruturação, permitir uma nota fiscal, possuir CNPJ regularizado”, disse o diretor de programas do MDS, Marcelo Cabral.

De acordo com o diretor, os adultos que trabalham e recebem simultaneamente o Bolsa Família também têm acesso a uma série de programas de inclusão produtiva, por meio de Cadastro Único (CadÚnico) para programas Sociais do governo federal.

Um desses programas é o Pronatec, que oferece cursos gratuitos de qualificação profissional para o público de baixa renda.

Outro programa é o Microcrédito CRESCER, o microcrédito produtivo oferecido pela Caixa Econômica Federal orientado aos microempreendedores individuais.

“São mais de 2,8 milhões de operações realizadas com beneficiários do Bolsa Família, o que demonstra que esse recurso do microcrédito pode ser um grande indutor de inclusão produtiva nas famílias mais pobres”, explica.

Ex-flanelinha vira dono de lava-jato

Um bom exemplo dessa melhoria de vida é o ex-flanelinha Samuel Rosa, de 28 anos. Depois de trabalhar por oito anos como flanelinha nas ruas de Belo Horizonte (MG) e receber o Bolsa Família por três, Samuel se formalizou como MEI em setembro de 2012.

Hoje, ele tem um lava-jato móvel, o Samuca Lavacar – Higienização Automotiva, e ganha cerca de R$ 1.500 mensais. Com o dinheiro, ele sustenta a esposa e o filho de quatro anos.

“Ao encontrar um novo cliente, mostro que emitimos nota fiscal, que a empresa é registrada, que tem toda a documentação, inclusive alvará de funcionamento. Com isso, ganho mais credibilidade”, conta Samuel.

Quando tem muito serviço, ele chama amigos para ajudar, fazendo bicos. Afirma, porém, que no futuro próximo pretende contratar novos funcionários. Ele, inclusive, já está começou a economizar para investir em propaganda.

“Já tenho uma página no Facebook, mas quero fazer panfletos com um bom papel e um anúncio chamativo para distribuir por bairros daqui”, disse Rosa.

A renda do lava-jato já permitiu a Samuel deixar de receber o benefício. “Quando me formalizei como microempreendedor, não precisava mais do Bolsa Família. Outras pessoas recebem menos e precisam mais do que eu”, afirmou.

Samuel conta que começou a receber o Bolsa Família quando sua mulher estava desempregada e ele trabalhava como flanelinha. “O benefício me ajudava muito no final do mês, quando o dinheiro já estava escasso”, completa.
(Agência Caixa de Notícias)

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