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quinta-feira, 28 de março de 2024

Café melhora o desempenho no esporte e traz benefício à saúde

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07/02/2014 08h38

A marca ‘Cafés do Brasil’ foi utilizada na camisa da seleção brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 1982 na Espanha.

A comunidade médica e de pesquisadores considera, há alguns anos, o café benéfico à saúde humana e eficaz na prevenção de doenças, se consumido em doses moderadas, de 3 a 4 xícaras diárias (500 mg/dia).

Pesquisas realizadas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, comprovaram que o café possui, além da cafeína, vitaminas e nutrientes básicos como potássio, zinco, cálcio, ferro, magnésio e diversos outros minerais, além de compostos antioxidantes, entre eles os ácidos clorogênicos.

Estudos do Prof. Dr. Darcy Roberto Lima, divulgados no site da Associação Brasileira da Indústria de Café – Abic, entidade parceira do Consórcio, apontam a cafeína, como importante agente modulador do rendimento físico em vários tipos de atividades esportivas e potencializador da performance durante os exercícios.

Em atletas que tomam café diariamente durante os treinos, na dose mínima de 4 xícaras, a cafeína atua como estimulante do sistema nervoso e, por retardar a sensação de fadiga, propicia o fortalecimento dos músculos. Ajuda, ainda, na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular.

O resultado é mais rendimento físico e queima de gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos.

Cafeína no esporte

Nos últimos anos, a cafeína tem sido alvo de inúmeros estudos envolvendo práticas desportivas de resistência, como o ciclismo, o atletismo e a natação.

No futebol, por exemplo, considera-se que a cafeína aumenta o desempenho, melhora o tempo de reação, atenção mental e processamento visual.

De acordo com a nutricionista e coordenadora de projetos da Abic, Mônica Pinto, a cafeína, ingerida nas doses recomendadas, aumenta a descarga de endorfinas no cérebro.

As endorfinas são substâncias que dão sensação de prazer; portanto, com mais endorfinas, os atletas têm mais estímulo para prosseguir a atividade física.

“Esse estímulo é a chamada autogratificação, cujo nível mais alto é alcançado no cérebro com o consumo do café.

Os cérebros, ao receberem essa informação de presença mínima de cafeína por meio do consumo diário de pelo menos 4 xícaras de café, têm mais capacidade de produzir a autogratificação, melhorando, ao longo do tempo, de forma significativa, o desempenho dos atletas.

Esse efeito é observado tanto em atletas profissionais como nos de fim de semana, sendo mais comum nos primeiros em função da disciplina que a atividade física impõe”, explica Mônica.

Segundo artigos publicados nas Cartas Médicas Café & Saúde, a autogratificação faz com que o atleta treinado siga adiante ao atingir um ponto máximo de cansaço, que leva todas as pessoas sem treinamento a pararem por fadiga.

De acordo com as pesquisas divulgadas, a cafeína também estimula o cérebro aumentando o estado de alerta e o funcionamento do coração.

Além disso, poupa a glicose do músculo esquelético (quanto mais glicose no músculo mais se retarda a fadiga) e facilita o aumento da quantidade de cálcio dentro do músculo. O músculo vira um supermúsculo e a pessoa não tem sono ou cansaço.

“Os atletas passam a utilizar a gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos, reduz a sensação de fadiga, melhorando o rendimento físico”, destaca a nutricionista da Abic.

Estudos recentes demonstram também um aumento da força muscular, já que retarda a fadiga muscular, possibilitando um maior grau de carga e repetições de execução do exercício após a ingestão de cafeína.

Esses efeitos podem variar de pessoa para pessoa, oscilando de acordo com o peso e a regularidade em que a bebida é consumida.

A ação do café no organismo atinge o pico cerca de 15 a 120 minutos após a ingestão e pode causar tolerância.

Ou seja, progressivamente, maiores doses de cafeína deverão ser ingeridas para que se possa atingir o mesmo efeito.

Café e futebol

A relação entre café e esporte não se resume aos benefícios no desempenho e performance.

Na Copa do Mundo de Futebol na Espanha em 1982, foi lançada a marca “Cafés do Brasil” para representar o patrocínio do Instituto Brasileiro do Café – IBC à Confederação Brasileira de Futebol – CBF.

A marca, que ficou conhecida nos últimos 32 anos como símbolo do café brasileiro, foi bordada no escudo da CBF.

Hoje a marca Cafés do Brasil, registrada no ano 2000 no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI pela Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC, é utilizada para identificar, em todo o mundo, os cafés de origem brasileira.

O logotipo “Cafés do Brasil” pode ser utilizado por entidades do Governo Brasileiro, empresários e exportadores, contanto que usem a marca corretamente para criar identidade para os cafés brasileiros e contribuir para o fortalecimento da imagem da cafeicultura brasileira no Brasil e no exterior.

Café e Saúde

Decifrar os efeitos do café na saúde humana tem sido objetivo da comunidade médica e de pesquisadores em nível internacional.

Nesse contexto, entre os vários estudos estimulados ou patrocinados pelo Consórcio Pesquisa Café, há os que vêm comprovando que o café pode ser consumido por pessoas com problemas no coração.

Pesquisas com esse objetivo, há quatro anos, vêm sendo desenvolvidas na Unidade Café e Coração do InCor por meio de parceria com o Consórcio.

Outro exemplo de estudo é o que demostra os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Para saber mais, acesse aqui.

Esses dois temas, coração e cérebro, estudados sob o ponto de vista do consumo de café, foram objeto de debate no Workshop Café & Saúde, patrocinado pela Abic e Embrapa Café em São Paulo em 2012.

Café, alimento funcional – Estudos também realizados em parceria com o Consórcio pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ apontam que o café é uma bebida nutracêutica (nutricional e farmacêutica), rica em diversos compostos importantes para o organismo como minerais, vitamina B (niacina), ácidos clorogênicos (antioxidantes naturais formados no processo adequado de torra), e quinídeos.

Os ácidos clorogênicos e os quinídeos também ajudam a prevenir doenças físicas, mentais e neurodegenerativas, como câncer de cólon/reto, mama e fígado, diabetes, Parkinson, Alzheimer, depressão e suas consequências (tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas e suicídio). Para saber mais, acesse aqui.

Copa do Mundo de Futebol

Em 2014, torcemos para que os Cafés do Brasil continuem campeões nos campos das principais regiões produtoras, mantendo o nosso País como maior produtor e exportador mundial do produto.

Que o nosso País também assuma a primeira posição mundial de consumidor da bebida, hoje ocupada pelos EUA.

Por fim, que esse sucesso nas lavouras melhore a renda dos produtores e dos demais elos do agronegócio café e também impulsione a vitória da nossa seleção nos campos de futebol durante a Copa do Mundo no Brasil.

Consórcio Pesquisa Café – Criado em 1997, congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais.

Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Instituto Agronômico – IAC, Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras – Ufla e Universidade Federal de Viçosa – UFV.
(Embrapa Café)

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