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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Brasil e parceiro lançam plano de eliminação da malária no país

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14/11/2015 09h27

OMS, Brasil e parceiro lançam plano de eliminação da malária no país

Em um evento organizado pelo Ministério da Saúde do Brasil, gestores e especialistas do país se encontraram na terça-feira (10) para lançar o Plano de Malária do Brasil, com ênfase na malária falciparum, a fim de se atingir a eliminação da malária até 2030.

Com base nos progressos alcançados nos últimos anos sob os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), o Brasil foi nomeado o “Campeão da Malária das Américas” em 2015 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) na semana passada e se junta a outros países da região que estão trabalhando extensivamente no progresso contra a doença.

O fortalecimento de parcerias, colaborações multissetoriais e o compromisso politico no Brasil contribuíram para uma redução de mais de 60% dos óbitos de malária no país entre 2004 a 2014.

A redução de 83% dos casos de malária em municípios de extrema pobreza neste período desencadeia um potencial econômico nas comunidades mais afetadas, ajudando no progresso do desenvolvimento econômico.

“O Brasil está apresentando um decréscimo nos casos de malária a cada ano como resultado do esforço conjunto de municípios, estados e do Ministério da Saúde e, em 2014, foi registrado o menor número de casos ao longo dos últimos 35 anos”, disse o Dr. Antônio Carlos Figueiredo Nardi, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

“Para alcançar a meta de eliminação da malária por Plasmodium falciparum, responsável pelos casos mais graves e mortes, devemos continuar a trabalhar em conjunto para intensificar os nossos programas de vigilância, prevenção e tratamento, enquanto passamos de controle para eliminação.”

Para atingir essas metas, a Estratégia do Plano Eliminação de Malária do Brasil vai fornecer a orientação técnica necessária para os municípios a adequarem seus esforços, tendo como base as particularidades da epidemiologia local, de modo a atingir a eliminação.

Para cada uma das várias fases, o plano define estratégias diferenciadas para o diagnóstico, tratamento, controle vetorial, educação em saúde e mobilização social, ao mesmo tempo destacando a importância de trabalhar em todos os setores para atingir o máximo impacto.

O Plano de Eliminação da Malária do Brasil é apoiado pela Estratégia Técnica Global (GTS) da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Malária 2016-2030 e da Parceria “Roll Back Malaria” para um mundo livre de malária. Ambos serão lançados em português durante a reunião em Brasília.

Aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2015 e resultante da consulta de peritos em todo o mundo com as regiões, países e comunidades afetadas, a Estratégia fornece orientação técnica e um quadro de ação e de investimentos para atingir as metas de 2030 de reduzir a incidência de casos e as mortes em 90% – em comparação com 2015 – e eliminar a doença em outros 35 países.

“Investir para alcançar as novas metas de malária para 2030 evitará quase 3 bilhões de casos de malária e salvará mais de 10 milhões vidas.

Se formos capazes de alcançar estes objetivos, o mundo poderá gerar 4 trilhões de dólares em produção econômica adicional em todo o período 2016-2030”, disse Fatoumata Nafo-Traoré, diretora executiva da Parceria Roll Back Malaria.

“Agora, mais do que nunca, devemos reforçar nossos esforços e comprometimento nos orçamentos para que possamos continuar salvando vidas e desbloquear o potencial econômico em comunidades em todo o mundo.”

Com uma coordenação fortalecida e um maior compromisso político e de financiamento, os esforços coletivos contra a malária resultaram em uma redução de quase 60% da mortalidade global da malária desde 2000, com mais de 6,2 milhões de mortes por malária em todo o mundo sendo evitadas desde 2001.

Nas Américas, o aumento do acesso às intervenções resultaram em uma diminuição do número de mortes relacionadas com a malária em cerca de 80% desde o ano 2000.

O Brasil é um dos países que conseguiram atingir uma redução de 75% de casos de malária desde 2000 e cumprir a meta dos ODM.

No entanto, com metade da população do mundo em risco de malária, a doença continua sendo uma grande causa e consequência da pobreza e da desigualdade no mundo.

Ela impede o desenvolvimento econômico, coloca em risco a segurança alimentar, impede a frequência das crianças nas escolas e absorve a capacidade dos sistemas nacionais para responder de forma eficaz às ameaças à segurança da saúde.

Só na América Latina, estima-se que 120 milhões de pessoas estão em risco de malária, com a grande carga de doenças centrado na bacia amazônica.

No Brasil especificamente, a Amazônia brasileira abriga aproximadamente 99% da incidência da malária do país.

Embora completamente evitável e tratável, a OMS estima que haverá 214 milhões de casos de infecção por malária em todo o mundo em 2015, provocando a morte de aproximadamente 472 mil pessoas.(nacoesunidas.org)

A doença é transmitida pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles infectados pelo parasito, o Plasmodium. Foto: Blog do Ministério da Saúde

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