27/03/2015 12h29
Bom rendimento escolar, mais atenção, memória, e disposição para os estudos e para a rotina em geral. Tudo isso é possível quando o dia das crianças começa com um bom café da manhã.
A primeira refeição é também a principal porque quebra o longo período de jejum e evita problemas desnecessários causados pela hipoglicemia (baixa concentração de glicose no sangue).
Considerando o hábito médio da população brasileira, ao levar à mesa o leite, pão (recheado com manteiga, por exemplo), frutas e suco, estão garantidos os carboidratos, que nos fornecem energia, as proteínas, cálcio e fibras (sobretudo, se o pão escolhido for integral), vitaminas e minerais.
Um mix de nutrientes de que os pequenos precisam para iniciar as atividades diárias e favorecer o desenvolvimento.
O que ocorre é que, atualmente, a falta de tempo tem interferido bastante no hábito alimentar dos brasileiros.
O dia já começa agitado com uma passada rápida pela cozinha para garfar algo bem prático, ou o que é pior: há quem se lembre de comer apenas na metade da manhã. O perigo é quando o mau hábito dos pais é transferido para as crianças.
Uma pesquisa da Universidade de Minnesota (EUA), realizada com 2.200 adolescentes, mostrou que aqueles que consumiam café da manhã costumavam ter uma dieta saudável durante o dia e eram mais ativos do que os que pulavam refeição.
Cinco anos após o início do estudo, os que tomavam café da manhã diariamente ganharam menos peso e tinham IMC (Índice de Massa Corpórea) menor do que os que não tomavam.
Ao negligenciar o café da manhã, o jejum normal torna-se muito prolongado e a baixa da glicemia dificulta as atividades matinais, pode acarretar deficiência de cálcio, tremores, mal-estar e até pessimismo.
Além disso, a criança está mais propensa a comprometer a qualidade das refeições seguintes, porque tende a driblar a fome com lanches calóricos, ricos em gordura e carboidratos.
Pesquisas apontam que o consumo do café da manhã aumenta com a idade. Adultos, entre 18 e 60 anos, mantêm o hábito, enquanto crianças e adolescentes entre 4 e 18 anos, pulam a refeição. A negligência maior, no entanto, se faz presente entre as adolescentes.
Quando se preocupam demasiadamente com a imagem, em manter um corpo esbelto, levam ao extremo dietas restritivas sem orientação.
Começar o dia com alimentos saudáveis é levar saúde, disposição e bom desempenho mental não apenas para o resto do dia como ao longo da vida. No caso das crianças, no entanto, a colheita desses resultados depende dos pais.
Eles que são os verdadeiros responsáveis por instituir e disseminar hábitos saudáveis e, sobretudo, regras de comportamento diante das refeições.(Saúde Infanto-Juvenil)