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quinta-feira, 28 de março de 2024

Campanha de combate a tuberculose reafirma que doença tem cura

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06/10/2015 16h28

Com o lema “testar, tratar e vencer”, a Campanha de Combate a Tuberculose do Ministério da Saúde lançada na quinta-feira (1) incentiva que as pessoas com sintomas da doença a procurar atendimento médico.

Por meio dela, as autoridade reafirmam que, com o tratamento correto, a doença tem cura. Em Mato Grosso do Sul, a saúde pública registrou em 2014, 851 novos casos de tuberculose.

Neste ano de 2015, o jogador Thiago Silva, que foi diagnosticado com a doença e se curou pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o protagonista da campanha. Conforme as autoridades nacionais de Saúde, a falta de informação ainda é o maior obstáculo ao disgnóstico e tratamento.

A tuberculose é causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outras parte do corpo como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas frequentes são tosse seca contínua, no início da doença, que evolui para tosse com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente a tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.

O Gerente Técnico do Programa de Controle de Tuberculose e Hanseníase, Luís Carlos de Oliveira Junior, explica que hoje, mesmo com o envolvimento das três esferas (Ministério da Saúde, Governos dos Estados e Prefeituras) cada município é responsável pelo seu paciente.

“Não precisamos isolar mais o paciente dentro de um hospital. O tratamento hoje é realizado na atenção básica, que é quem fica responsável por fazer a buscativa e o tratamento dessas pessoas”, explicou.

Dentro desse programa, o Governo do Estado tem papel importante.

“O Governo do Estado participa ajudando nas campanhas, monitorando os casos, avalia banco de dados e indicadores, faz treinamento com agentes de saúde nos municípios para ajudar na buscativa e controlar a cadeia de transmissão.

Também, naqueles casos mais complicados, quando o paciente não responde a medicação básica, referencia essas pessoas para tratar na atenção secundária que são hospitais e Centro de Tratamento de Doenças Infectoparasitárias (Cedip)”, informou.

A estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, de descentralização do tratamento para a atenção básica, resultou na diminuição do número de casos e mortes e de abandono do tratamento.

Parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social ampliou o acesso do serviço de saúde às populações vulneráveis à doença – populações indígenas, população privada de liberdade, moradores de rua, além das pessoas vivendo com o HIV.

Dados

De acordo com Luís Carlos, o levantamento de casos é feito anualmente, por isso estão disponíveis somente os dados de 2014.

Naquele ano, Mato Grosso do Sul registrou 851 novos casos, o que caracteriza uma taxa de incidência de 32,49 casos a cada 100 mil habitantes. O número de óbitos foi de 10 mortes. A taxa de abandono é de 6,92% de pessoas que desistiram do tratamento.

Contudo, o gerente técnico alerta os municípios para que se esforcem para alimentar o sistema em tempo hábil. “Temos certeza de cura de 60% desses pacientes.

Mas o número pode ser maior, uma vez que 35,9% do sistema não foi alimentado a tempo pelos técnicos. Então é muito importante que todos se esforcem.
Desse total, muito provavelmente a maior parte vai para a cura e somente uma pequena porcentagem corresponde ao abandono e morte”, disse.

Doença

Em 2015, começa um anova etapa de combate a tuberculose. O Mistério da Saúde assume o compromisso de reduzir em 95% os óbitos e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035.

A transmissão é feita pessoa para pessoa,por meio de gotículas de saliva que são expelidas ao falar, espirrar ou tossir. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença.

O risco de transmissão é maior entre pessoas que vivem em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção e diariamente. No esquema básico são utilizados quatro medicamentos: rifampicina, pirazinamida, isoniazida e etambutol.

Todos os pacientes que seguem o tratamento param de transmitir a doença depois dos primeiros 15 dias e em seis meses são curados.

Como forma de prevenir formar mais graves da doença, o Ministério imuniza crianças no primeiro ano de vida e no máximo até quatro anos, com a vacina BCG.

Diagnóstico: Gene Xpert

Além da campanha de combate, o Ministério trabalha com a melhoria do diagnóstico da doença. Em 2014 forma distribuídos 175 equipamentos de teste rápido a 94 municípios, onde se concentram 55% dos novos casos registrados no Brasil.

Denominado “Gene Xpert”, o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento básico. O exame laboratorial tradicional pode levar de um a dois meses. Em um ano, foram realizados mais de 145 mil testes.

“Em Mato Grosso do Sul, o Gene Expert começou a ser usado neste ano de 2015 para diagnóstico de populações vulneráveis nas cidades de Corumbá, Amambai e Campo Grande. É um aparelho do tamanho de um computador, com o qual se faz quatro exames a cada duas hroas.

O aparelho já mostra inclusive se o paciente tem resistência ao medicamento. Com ele é possível otimizar o tempo e com isso iniciar o tratamento com antecedência”, finalizou Luís Carlos.(Governo do Estado de Mato Grosso do Sul)

DGAUNA@SEGOV.MS

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