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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Cresceu o número de auxílio doença por uso de cocaína no país, nos últimos anos

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09/09/2014 06h26

Os reflexos das drogas chegam ao mercado de trabalho brasileiro. Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 2009 a 2013, houve um crescimento nos índices de afastamento de trabalhadores por conta do consumo de cocaína – e seus derivados como crack e merla. Essa explosão ocorreu, principalmente, no Norte e Nordeste.

Pelos números do Instituto, o pedido de auxílios-doença por alcoolismo ou dependência química cresceu mais de 50% em nove Estados e no Distrito Federal no período. Amapá, Pernambuco, Goiás, Paraíba, Distrito Federal, Pará, Ceará e Mato Grosso lideram o aumento de pedido do auxílio.

Desde 2009, o afastamento pelo uso dos diferentes tipos de entorpecentes feitos com cocaína cresceu 84,6% no país. Os auxílios por consumo de múltiplas drogas aumentaram 67,3%, e 19,6% devido ao consumo de álcool.

O auxílio-doença é concedido a trabalhadores segurados pelo INSS, que comprovam não ter condições de exercer suas funções no trabalho. Em São Paulo, o aumento de afastamento do trabalho por conta desse problema foi de 17,9% em relação a 2009.

Foram registrados 42.649 só no ano passado. Alagoas foi o único Estado a ter queda na concessão de auxílio. Segundo o INSS, o motivo foi à queda nos casos de depressão em decorrência do uso de drogas, que também dá direito ao benefício.

O valor recebido depende do salário e vai de R$ 724 a R$ 4.390,24. Uma vez que o benefício é dado, não há prazo máximo para o encerramento de sua utilização. De 2009 até o mês passado, o governo federal já gastou mais de R$ 206 milhões com auxílios-doença para dependentes em todo o país.

Especialistas

De acordo com o psiquiatra e diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), Ronaldo Laranjeira, o aumento maior do problema em Estados do Norte e Nordeste ocorreu porque uma rede de distribuição da droga se instalou nos últimos anos na região.

“Não teve investimento em prevenção e, com o vácuo da política, quem prevaleceu foram pequenos traficantes.” Os especialistas dizem, no entanto, que os problemas de vício com álcool e drogas não têm uma única causa e se devem a históricos de cada indivíduo e ao contexto social.

Estudos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostram a expansão das drogas para mais de 95% dos Municípios do país. Por meio do portal Observatório do Crack, a entidade tem mostrado os impactos desse crescimento na sociedade.

(Da Agência CNM, com informações da Folha de São Paulo)

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