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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Especialistas orientam como tratar lábio leporino

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16/12/2014 06h00

A fissura lábio palatal ou lábio leporino é resultado do desenvolvimento incompleto do lábio e ou do céu da boca enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe.

Nas fissuras mais comuns, o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. Em casos mais raros, pode haver duas fissuras no palato, uma do lado direito e outra do lado esquerdo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 650 crianças nasce com fissura lábio-palatina no Brasil. As causas envolvem fatores genéticos e ambientais, que podem atuar isoladas ou em associação.

O lábio pode ser reparado nos primeiros meses de vida. O céu da boca leva mais tempo. As intervenções cirúrgicas dependem do desenvolvimento do bebê e são determinadas pela equipe técnica.

Em casos de problemas na fala, se a fissura atingir somente o lábio, é improvável que haja problemas na comunicação.

Entretanto, se chegar até o céu da boca, além das cirurgias corretivas, haverá necessidade de tratamento fonoaudiológico.

Liliane Rodrigues Rios, enfermeira do Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte, no Distrito Federal, explica que o tratamento multidisciplinar é uma das condições indispensáveis para o sucesso da reabilitação dos pacientes, juntamente com o envolvimento da família com os profissionais de saúde.

“O tratamento destas crianças envolve os esforços conjuntos de vários especialistas, tais como pediatra, enfermeiro, cirurgião plástico, ortodentista, dentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, assistente social, cirurgião bucomaxilo e odontopediatra”, afirma.

Os pacientes portadores de fissuras labiopalatinas costumam ser tratados de forma diferenciada pela sociedade por crenças e preconceitos em razão do aspecto físico que apresentam, agravado pelo comprometimento da fala e, que não raras vezes, chegam a ser confundidos com portadores de doenças mentais.

A malformação dos lábios não atrapalha a capacidade mental da criança, pois não há nenhuma relação entre a fissura e seu desenvolvimento. Por isso, o fissurado deve ser tratado com respeito, carinho e compreensão, assim como todas as pessoas.

Amamentação

A criança portadora de fissuras labiopalatinas apresenta, desde o seu nascimento, alterações ósseas e musculares características da malformação, que podem causar dificuldades na alimentação e no ganho de peso, distúrbios de fala, problemas na arcada dentária, na adaptação social e na auto-imagem.

De acordo com Miriam Santos, pediatra e coordenadora de aleitamento materno e Banco de Leite Humano da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, para os bebês com lábio leporino ou fenda palatina, a posição recomendada é a “Posição de Cavaleiro”.

“A mamãe senta recostada com o bebê com as pernas abertas como cavaleiro na coxa da mamãe. Se for necessário, pode-se colocar um travesseiro debaixo do bebê para que ele fique um pouco mais alto.

Com uma mão a mamãe segura a mama em “C” e com a outra segura o bebe, com atenção ao pescocinho do bebe”, explica a pediatra.

Tenha cuidado para evitar que a criança se engasgue quando estiver sendo alimentada. Lembre-se, também, de realizar a limpeza na região da fissura após a amamentação e lavar as mãos sempre que for alimentar o bebê.
(Blog da Saúde)

Lábio pode ser reparado nos primeiros meses de vidaCrédito: Chaikom

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