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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Estratégias para conter o avanço da doença renal são debatidas em congresso

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21/09/2014 07h24

Novas estratégias para conter o avanço da doença renal são debatidas em congresso

Cido Costa

Nefrologistas da América Latina, da Europa e dos Estados Unidos irão apresentar experiências bem-sucedidas para controlar a epidemiologia da doença renal crônica.

O Congresso Brasileiro de Nefrologia acontecerá em Belo Horizonte (MG), de 24 a 27 de setembro, e reunirá mais de dois mil especialistas do Brasil e do exterior para discutir os avanços na área.

Considerada um problema de saúde pública mundial, a doença renal crônica é uma enfermidade complexa e avassaladora, que já atinge milhões de pessoas em todo o mundo, com grande impacto na qualidade de vida e elevados custos com tratamentos e internações.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), um em cada dez brasileiros tem problemas nos rins.

Cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal e mais de 70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente. O gasto anual somente com a terapia dialítica (hemodiálise e diálise peritoneal) é estimado em R$ 2,2 bilhões.

Dados da SBN mostram que existem em torno de 100 mil brasileiros em diálise. A taxa de internação hospitalar é de 4,6% ao mês e as mortes chegam a 15% ao ano.

O panorama da nefrologia no Brasil e no mundo será discutido, entre os dias 24 e 27 de setembro, no 27º Congresso Brasileiro de Nefrologia, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Promovido pela SBN, o evento reúne mais de dois mil especialistas nacionais e estrangeiros para discutir o futuro da nefrologia no país. Eles irão apresentar os recentes avanços no diagnóstico, na prevenção e no tratamento das doenças renais.

As novas estratégias para conter a epidemiologia da doença renal crônica estarão no centro dos debates durante o congresso.

Os nefrologistas vão apresentar experiências bem-sucedidas, como o Programa Nacional de Prevenção de DRC desenvolvido no Uruguai, além de ações promovidas em países da Europa e nos Estados Unidos para alertar a população sobre as causas da DRC e a importância da prevenção.

A programação do evento inclui o Encontro Nacional de Prevenção da Doença Renal Crônica, que terá palestra do médico José Eduardo Fogolin Passos, Coordenador Geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde (MS), sobre as novas diretrizes do Governo Federal para o tratamento de pacientes com doenças renais.

A Portaria 389, publicada em março, amplia o atendimento para pacientes em estágio inicial da doença e incentiva o diagnóstico precoce nas unidades básicas de saúde, com foco nos hipertensos, diabéticos e idosos.

Especialistas de vários países, como Estados Unidos, França, Itália e Portugal, trarão novidades sobre as várias enfermidades que afetam os rins.

Na mesa redonda “A obesidade sob o olhar do nefrologista”, os especialistas vão debater a obesidade como causa de doença renal crônica e como uma prioridade mundial de saúde pública. Novas evidências sobre o tema mostram que emagrecer é fundamental também para a saúde do rim.

O congresso traz ainda novidades no tratamento da DRC, como o uso de ultrassom na nefrologia. Considerado o novo estetoscópio da especialidade, ele é uma ferramenta de apoio ao atendimento clínico, auxiliando no diagnóstico, na realização de procedimentos, como a biópsia dos rins, e no implante de cateter para hemodiálise.

A utilização da nova ferramenta já faz parte do currículo dos cursos de especialização e de treinamento dos profissionais.

Especialistas nacionais e estrangeiros debaterão também novos estudos que associam o cálculo renal aos distúrbios do sistema cardiovascular.

Segundo eles, pacientes com pedra nos rins têm mais chance de ter doenças cardiovasculares. Estudos comparativos entre hemodiálise e diálise peritoneal também serão discutidos no evento.

Células-tronco no reparo e regeneração do rim é outra fronteira da medicina regenerativa. A nefrologia está avançando nessa área e os novos estudos serão discutidos no congresso.

Censo SBN (2013)

50/100.000 habitantes é a prevalência de pacientes em diálise no país

100 mil brasileiros em diálise

31% dos pacientes em diálise são idosos de 65 a 81 anos

70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente

2,2 bilhões de reais são gastos em tratamentos dialíticos

15% é a taxa de mortalidade de pacientes em diálise

50% é a taxa de mortalidade de IRA (Insuficiência Renal Aguda)

1 em cada 6 hipertensos terá doença renal
Nefrite é a terceira causa de diálise no Brasil

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Fundada no dia 02 de agosto de 1960, a Sociedade Brasileira de Nefrologia conta hoje com 3.100 associados em todo o país.

O objetivo da entidade é congregar médicos e profissionais da saúde em torno da nefrologia, promovendo o crescimento da especialidade, por meio do apoio aos profissionais, o incentivo a projetos científicos e educacionais, colaboração com as demandas das sociedades médicas afins e com as demandas governamentais, no sentido de garantir à sociedade universalização do acesso à saúde renal.
(Sociedade Brasileira de Nefrologia)

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