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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Estudos ressaltam importância da vacina contra o HPV

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20/09/2014 17h00

O papilomavírus humano (HPV) tem mais de 100 tipos que podem infectar a pele e as mucosas de homens e mulheres, dos quais 40 estão relacionados às infecções genitais e anais. Sua principal forma de transmissão é pela via sexual, havendo ou não penetração.

Algumas tipos do vírus provocam verrugas, sendo 90% dos casos provocados pelos tipos 6 e 11, ou lesões que tendem à regressão.

Pelo menos outros 13 tipos podem produzir lesões com potencial de progressão para o câncer, tendo os tipos 16 e 18 presentes em cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero no mundo.

Com a intenção de diminuir o contágio por esse vírus, o Ministério da Saúde iniciou, este ano, a vacinação contra o HPV, que passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos.

Estudos apontam que quase 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento de suas vidas, frequentemente logo após o início da atividade sexual.

A maioria das mulheres que tem contato com o HPV nunca apresentará doença, cerca de 5% das mulheres poderá apresentar alguma alteração no preventivo e 1% apresentará uma lesão com potencial de progressão para o câncer em alguns anos se deixada sem tratamento.

Com a intenção de diminuir o contágio por esse vírus, o Ministério da Saúde iniciou, este ano, a vacinação contra o HPV, que passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos, idade em que se acredita que a maioria das meninas ainda não iniciou a atividade sexual e, portanto, ainda não teve contato com o HPV.

“A imunização de mulheres mais maduras é menos eficaz porque muitas dessas mulheres já terão tido contato com o HPV e a vacina não é capaz de impedir que infecções já presentes acarretem numa lesão”, explica o responsável pelo setor de doenças do colo do útero do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fábio Russomano.

Para o médico, o principal ganho da campanha será percebido em longo prazo. “Com essa geração de meninas protegidas, o risco de lesões precursoras do câncer do colo do útero será muito reduzido, assim como o número de mulheres com preventivos alterados e a necessidade de exames diagnósticos e tratamento.

Todavia, como a vacina não protege contra todos os tipos de HPV o exame Papanicolau deverá ser realizado mesmo em mulheres vacinadas conforme a recomendação do Ministério da Saúde, isto é, a partir dos 25 anos e a cada três anos depois de dois exames normais com intervalo de um ano. Este é um avanço em saúde pública, completamente impensado há poucos anos atrás”, explica ele.

Russomano enfatiza que ainda não há comprovação científica para reações adversas graves que a vacina possa causar.

Em julho deste ano, a OMS emitiu um comunicado reafirmando a importância e a segurança da vacina. “Já existem mais 175 milhões de doses aplicadas e não há nenhuma evidência ou relatos de que essa vacina tenha causado algum evento grave associado à ela.

Os efeitos colaterais mais comuns são dor de cabeça, náusea, febre branda e reação no local da aplicação”, diz.
(Fundação Oswaldo Cruz – Ministério da Saúde)

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