21/03/2015 08h27 – Atualizado em 21/03/2015 08h27
Assessoria
Se há cerca de sete meses alguém dissesse à esteticista Solange Ximenes, que hoje ela seria mãe de quatro pequenos garotos, nada no mundo a faria acreditar. Mas a vida, surpreendente, a presenteou com quadrigêmeos, os primeiros a nascerem no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD).
Vinda de Ponta Porã para ter os bebês no HU, que é o único hospital da macrorregião a realizar partos de alto risco e a contar com UTI Neonatal na rede pública de saúde, Solange, de 35 anos, que já tem duas meninas, conta que não esperava por mais uma gravidez. “Eu estava tranquila, nem pensava mais em engravidar, mas aconteceu e agora já nos acostumamos com a idéia”, diz, referindo-se a ela e ao marido, Marcos Ferreira.
Marcos, por sua vez, revela que o baque foi grande, mas que com a ajuda da família tudo foi se ajeitando. Ele, a esposa Solange e alguns familiares estão em Dourados há cerca de uma semana, quando a então gestante sentiu contrações e foi encaminhada ao HU.
Força tarefa
Ao chegar ao hospital, Solange foi rapidamente levada à Maternidade, onde foram realizados todos os procedimentos de urgência, tanto para ela como para os bebês. Assim que seu quadro de contrações se estabilizou e ela deixou de ter dores, foi transferida para o Centro Obstétrico.
Lá, a intenção dos profissionais era que ela ficasse o maior tempo possível para que os garotos se formassem melhor e tivessem mais resistência nos pulmões, já que a gestação ainda estava em 27 semanas, quase sete meses. Os meninos, no entanto, tinham pressa, e o parto aconteceu na noite de segunda-feira (16).
O médico Luiz Augusto Freire, chefe da Divisão de Atenção à Saúde do HU-UFGD, explica que em um parto desta magnitude, os riscos são maiores, pois os bebês estão em idade gestacional incompleta, ou seja, são prematuros. Há, ainda, a questão da equipe assistencial, que foi composta por número maior de médicos e de enfermeiros que o habitual, em um parto comum.
“Mas apesar de implicar uma estrutura médica de alta complexidade, o parto foi tranqüilo e as crianças estão se recuperando muito bem”, afirma o profissional, que salienta que o hospital conta com estrutura para realizar um procedimento como esse e para dar a assistência neonatal adequada.
Pequeninos
Na primeira ultrassonografia que fez durante a fase pré-natal, Solange conta que o médico visualizou apenas dois bebês, o que já gerou susto, já que ela não fez tratamento para engravidar e sequer tem casos de gêmeos na família. O espanto se quadriplicou no segundo exame, quando os quatro pequenos apareceram.
Após o nascimento, os meninos foram encaminhados à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, sendo que dois deles, os primeiros a nascer, já receberam alta para a Unidade Intermediária (UI). Wesley, Wellington, Cauã e Victor ainda estão ganhando peso, já que nasceram com menos de um quilo meio cada.
A mamãe, Solange, já recebeu alta da Maternidade e agora aguarda a recuperação dos pequenos no alojamento do hospital. Ela e o marido estão recebendo doações de fraldas descartáveis e outros itens para recém-nascidos. Quem tiver interesse em ajudar pode entregar as doações no Serviço Social do HU (3410-3004).
