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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Mamografia não basta para prevenir câncer

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19/10/2014 09h00

Mamografia não basta para prevenir câncer, dizem médicos

Início do exame antes dos 50 anos teria pouco impacto na redução da mortalidade por câncer de mama. Informação e vida saudável são mais efetivos na prevenção.

O exame de mamografia rotineiro deve ser feito com moderação em mulheres com menos de 50 anos. A orientação é de especialistas que discutiram ontem, no Senado, a prevenção do câncer de mama e a qualidade da informação sobre o tema.

O Ministério da Saúde recomenda a mamografia para mulheres dentro da faixa etária de 50 a 69 anos. De acordo com a médica Carolina Fuschino, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o ideal é direcionar o exame para a faixa prioritária, na qual há maior impacto na diminuição da mortalidade.

A partir dos 40 anos, acrescenta ela, algumas organizações médicas sugerem que se faça o exame para o chamado rastreamento — para mulheres com baixa probabilidade de desenvolvimento de tumores — porque também há impacto na mortalidade, embora menor.

A mamografia não é um exame que não vai ter efeitos colaterais. Se você aumenta muito o número de mamografias ao longo da vida, a radiação a que você vai estar submetida tem efeitos cumulativos.

Isso não vai ter um impacto importante para surgimento de cânceres. Mas, a partir do momento em que você começa a fazer mais cedo, a radiação vai ser maior ainda — explicou.

A mudança de postura se deve, entre outros pontos, ao chamado overdiagnóstico (um diagnóstico excessivo).

Segundo Arn Migowski, médico sanitarista e epidemiologista do Instituto Nacional de Câncer (Inca), muitos dos casos detectados num estágio bem inicial podem nem mesmo se desenvolver e se tornar câncer.

Além disso, pesquisas demonstram que, mesmo com o crescimento do diagnóstico precoce de tumores nas mamas, a sobrevida das mulheres não aumentou significativamente.

Os médicos concordaram que o que impacto na prevenção do câncer de mama é a educação, a percepção corporal e uma vida saudável, com alimentação equilibrada.

A audiência pública sobre o Outubro Rosa foi organizada pelo Projeto Quintas Femininas, da Procuradoria Especial da Mulher no Senado.
(Jornal do Senado)

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