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sábado, 20 de abril de 2024

Medicamento para infarto é incorporado ao SAMU

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31/07/2014 07h44

Ação inédita poderá salvar e deixar sem sequelas até 8.368 pessoas vítimas de infarto por ano.

As vítimas de infarto socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) terão mais chances de sobreviver e ficar sem sequelas, com a inclusão de um novo medicamento nas ambulâncias do serviço.

A portaria que estabelece a inserção do trombolítico foi assinada na segunda-feira (28) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o IV Congresso Nacional do SAMU.

A estimativa é de que a incorporação reduza em 17% o número de óbitos por infarto. A portaria também prevê recursos financeiros para os municípios que aderirem à ação.

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, em 2012, 84.157 mortes e 59.510 internações por infarto agudo do miocárdio. A expectativa é que, com o medicamento, o SAMU possa salvar até 8.368 pessoas por ano.

Com a portaria, o Ministério irá repassar o recurso para que os municípios realizem a aquisição. O impacto da demanda no orçamento, tendo em vista os preços de mercado do trombolítico, seria de até R$ 19,6 milhões.

No entanto, a negociação do Ministério da Saúde com a única farmacêutica fabricante do medicamento permitiu uma redução de até 57%, ou seja, para R$ 8,5 milhões.

“Esse é um ganho importante para o serviço de urgência porque as doenças do aparelho cardiovascular são as que mais matam brasileiros hoje.

Então, ter esse medicamento disponível representa a diferença entre a vida e a morte e melhora o prognóstico dos pacientes infartados que terão uma melhor qualidade de vida e menos sequelas”, enfatizou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O trombolítico estará disponível nos veículos que dispõem de Suporte Avançado de Vida e que dispõe de profissional médico capacitado para realização da trombólise. São elas a Unidade de Suporte Avançado Terrestre (USA), a equipe embarcação e a equipe aeromédico.

Para ter acesso ao recurso, está a cargo do município a indicação de leitos de terapia intensiva (UTI tipo II ou III) e leitos habilitados como Unidade Coronariana, além de referenciar um estabelecimento habilitado em procedimentos de hemodinâmica.

Também deve ser informado que os profissionais do SAMU da localidade foram especificamente capacitados para a administração do trombolítico.

Trombolítico

No infarto, a artéria que irriga o coração fica obstruída. Com isso, o sangue não consegue levar oxigênio para o coração e o músculo cardíaco entra em necrose (morre), causando o infarto e podendo ocasionar uma parada cardíaca.

O medicamento trombolítico desfaz a obstrução e a circulação no coração volta a acontecer, interrompendo o infarto.

Os pacientes poderão ter o tratamento já na ambulância, uma vez que o trombolítico é de fácil e rápida administração no veículo – apenas uma ampola é suficiente.

Além disso, o uso precoce do medicamento reduz as chances de o infartado apresentar sequelas como a insuficiência cardíaca, que obriga o paciente a tomar medicamentos por toda a vida.

Ou seja, além do benefício à população, a medida diminui o valor gasto com a compra de medicamentos que seriam utilizados em casos com sequelas.
(Ministério da Saúde)

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