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quarta-feira, 24 de abril de 2024

OPAS trabalha com Ministério da Saúde para diminuir número de cesáreas no Brasil

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18/04/2015 10h00

No Brasil, o percentual de cesarianas chega a 84% no atendimento privado e cerca de 40% na rede pública. A comunidade médica internacional considera a taxa ideal entre 10% e 15%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova declaração sobre as taxas de cesáreas. Neste documento, após estudos científicos, a OMS conclui que as cesáreas são efetivas para salvar vidas de mães e crianças quando bem indicadas e feitas em ambiente seguro.

Mas adverte sobre os riscos ao indicar que não existem evidências de que fazer cesáreas em mulheres ou bebês que não necessitem dessa cirurgia traga benefícios.

Atualmente, no Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% no atendimento privado. Na rede pública, este número é menor: em cerca de 40% dos partos.

Desde 1985, a comunidade médica internacional considera que a taxa ideal de cesárea seria entre 10% e 15%.

A cesariana aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados a prematuridade.

A OMS propõe que os países e as instituições de saúde adotem o sistema de classificação de Robson como instrumento de monitoramento e comparação das taxas de cesáreas.

A classificação de Robson é uma ferramenta que categoriza as mulheres em dez grupos baseados em suas características obstétricas, sem necessidade de incluir a indicação da cesárea.

Se usada de forma contínua, esse sistema de classificação pode prover uma avaliação criteriosa do cuidado dispensado às mulheres no momento do parto e ser usada para mudança de suas práticas.

Neste sentido, a OPAS/OMS no Brasil segue estabelecendo esforços e ações em cooperação técnica com o Ministério da Saúde objetivando a redução das taxas de cesárea no Brasil.

Além disso, vai colaborar técnica e cientificamente para que essa classificação possa ser implementada entre os atores envolvidos na atenção obstétrica no país.

Entre as conclusões na nova declaração sobre as taxas de cesáreas, a OMS cita que, em nível populacional, taxas de cesáreas maiores do que 10% não estão associadas com reduções nas taxas de mortalidade materna e neonatal.

Além disso, ainda não são claros os efeitos das cesáreas sobre outros desfechos, tais como, morbidade materna e perinatal, resultados pediátricos, bem como sobre o bem-estar psicológico e social. Nestes casos, mais pesquisas são necessárias para entender os efeitos da cesárea sobre resultados imediatos e futuros.(nacoesunidas.org)

Cesáreas são efetivas para salvar vidas de mães e crianças quando bem indicadas e feitas em ambiente seguro. Foto: OPAS

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