21 C
Dourados
quinta-feira, 25 de abril de 2024

Reduzir o número de prematuros exige envolvimento de toda a sociedade

- Publicidade -

23/11/2014 09h27

Todos os anos, cerca de 13 milhões de crianças no mundo nascem prematuras (antes de 37 semanas de gestação), ou seja, cerca de um em cada dez bebês nascem muito cedo.

No Brasil, a taxa de prematuridade em 2011, segundo a recente pesquisa “Nascer no Brasil”, foi de 11,3%. Um valor elevado, considerando, por exemplo, que na Inglaterra esse indicador é 55% menor.

Também é preocupante a proporção de bebês que nascem com 37 ou 38 semanas, que não são prematuros, mas têm menos peso e maturidade (principalmente pulmonar) do que se tivessem nascido com 39 ou 40 semanas.

Assim como ocorre com prematuros, esses recém-nascidos têm maior risco de internação em UTI, de apresentarem complicações e virem a ter sequelas ou mesmo morrer. Essas condições ligadas à prematuridade constituem a primeira causa de óbito neonatal no Brasil.

Entre as causas da prematuridade estão infecções na gravidez, como infecção urinária e infecções vaginais e o tabagismo na gravidez.

Pesquisas revelam, ainda, a associação entre o excesso de cesáreas sem indicação precisa, inclusive cesáreas “eletivas”, com data marcada, como uma das causas de nascimento prematuro e nascimento de recém-nascidos a termo, mas precoces, com 37-38 semanas de gestação.

O Ministério da Saúde, através da Rede Cegonha, que tem entre seus objetivos a redução da morte materna e neonatal, vem buscando enfrentar as causas da prematuridade.

Foram feitos investimentos para que os municípios possam melhorar a qualidade do pré-natal na atenção básica à saúde, garantindo mais exames e testes rápidos para diagnostico de sífilis e HIV.

O estímulo ao parto normal também vem sendo reforçado, através do financiamento de nova estrutura de atendimento ao parto, que é o Centro de Parto Normal.

Nesse tipo de estabelecimento, enfermeiros e obstetras realizam partos normais de baixo risco, como acontece na maioria dos países europeus que possuem índices de cesárea dentro do parâmetro considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, até 15-20% do total e não 56%, como acontece no Brasil atualmente (taxa de cesárea de 2012).

A conquista pelo Brasil de taxas de prematuridade e de cesáreas aceitáveis constitui desafio que exigirá o envolvimento de toda a sociedade brasileira.

Na semana marcada pelo dia mundial da prematuridade, é importante a reflexão sobre esse grave problema que envolve mulheres, famílias, entidades da sociedade civil de defesa da mulher e da criança, gestores e profissionais da saúde.

(Esther Vilela, coordenadora de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde e Paulo Bonilha, coordenador de Saúde da Criança do Ministério da Saúde)

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights