O PCdoB (Partido Comunista do Brasil) foi além de um simples desejo de lançar candidatos a vereador e começa a articular nomes em sua base fronteiriça para disputar a prefeitura contra o prefeito Flávio Kayatt (PSDB), que por enquanto é o único candidato definido e vai à reeleição.A garantia de que “algo está em andamento” foi dada de manhã pelo líder de movimentos sociais do partido, Lourenso Vera. Questionado sobre a decisão, Vera garante que a orientação vem de ‘instâncias superiores’. Na semana passada ele esteve reunido com um grupo de lideranças em São Paulo.”Como disse recentemente uma escritora, um belo dia você acorda e pensa: porque ainda não reagimos? Porque insistimos em aceitar algo que nos incomoda sem processar uma mudança? Daí você começa a se questionar se merece ou não viver essa situação. E pode estar certo: a culpa é nossa. Nós sempre somos os responsáveis por cada coisa que nos
acontece”, explica o pecedebista.Lembrando que nada muda por si só, Lourenso Vera não confirma e nem desmente que seu nome seja um dos que estariam colocados como prováveis candidatos a candidatos a prefeito de Ponta Porã. Nesse âmbito ele alega que é preciso iniciar uma revolução intelectual, de
pensamento, de entendimento. “Isso não acontece sem que antes tenhamos chutado o pau da barraca”, garante.A ‘revolução’ a que se refere, segundo ele, é no sentido de se ter a coragem de defender a verdade, sem se intimidar. “Parafraseando, posso assegurar que não tenho dom para viver nem na ignorância, nem na mentira”. Para ele, o discurso do “são todos iguais” é uma forma de se marcar a mudança.Em sua filosofia de ‘chutar o pau da barraca’, Lourenso Vera explica que a população “tem que parar de aceitar esse negócio de que filho depobre tem que ficar por aí aprendendo a fazer pulseirinha; para mim filho de pobre tem que se profissionalizar, aprender a montar
computadores, ter oportunidade de ingressar numa faculdade”, assevera.Politicamente, o líder comunista aponta que em Ponta Porã há muitos nomes no partido e que qualquer um, com sua formação intelectual, está à altura de pleitear uma vaga na Câmara Municipal ou mesmo a prefeitura. “Por que não? Ninguém é imbatível, ninguém é invencível.
Na política, ninguém é superior a ninguém”, conclui.
