16.1 C
Dourados
sábado, 20 de abril de 2024

Cresce número de pontos críticos em rodovias por todo o país

- Publicidade -

22/10/2014 11h43

A Pesquisa CNT de Rodovias 2014 aponta que cresceu 15,6% a quantidade de pontos críticos nas rodovias, trechos em que a chance da ocorrência de acidentes e de danos nos veículos cresce em razão de elementos imprevisíveis.

O número passou de 250, constatados no levantamento de 2013, para 289 deste ano. Segundo o relatório final, foram 28 quedas de barreira, 13 pontes caídas, 100 pontos de erosão na pista e 148 buracos grandes. O levantamento foi divulgado no dia 16 de outubro.

Na avaliação da geometria das pistas – considerando tipo e perfil da rodovia, faixa adicional em trechos de subida, condições de pontes e viadutos, curvas perigosas e presença de acostamento – os números também são ruins.

Apenas 22,1% dos 98.475 km analisados estão em condições adequadas e foram classificados como bons ou ótimos.

Isso corresponde a 21.735 km. Os trechos regulares correspondem a 28.812 km (29,3% do total). Enquanto isso, a situação é ruim ou péssima em quase metade da extensão analisada: 48,6%, num total de 47.928 km.

Tipo de rodovias e faixa de subida

Além disso, o levantamento indica que a maioria da malha brasileira é composta de rodovias de mão dupla com pista simples: 87,1% dos trechos analisados pela CNT têm essa configuração. “Isso é um vício de origem”, diz o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

Ele explica que grande parte das rodovias brasileiras foi construída nas décadas de 60 e 70 e não passou por um processo de modernização, apesar do incremento na frota de veículos. “A malha está saturada e não permite uma condição segura para os usuários.

É uma situação crítica para um país que quer deixar sua economia mais forte. Todos pagamos essa conta: seja na prateleira do supermercado, seja na manutenção dos veículos, seja com o número de mortes em acidentes de trânsito”, complementa.

Chama a atenção que, apesar de a maioria das rodovias ter perfil ondulado ou montanhoso (69,4%), é pequena a quantidade de trechos com faixa adicional de subida, que permite a ultrapassagem com segurança. Segundo a pesquisa, 83,4% não têm esta alternativa.

“A presença dessas faixas adicionais, além de possibilitar a redução no tempo de viagem dos veículos mais leves, pode também proporcionar uma diminuição no número de acidentes ligados a ultrapassagens forçadas”, aponta a pesquisa.

Ainda segundo o levantamento, 87,1% das rodovias têm pista simples com mão dupla. Apenas 12,7% têm mais de uma faixa em cada sentido. O restante (0,2%) é formado de pista simples de mão única.

Curvas perigosas

Conforme o estudo, em 88,5% dos pontos em que há curvas perigosas, os riscos para condutores e passageiros são agravados pela falta de defensas ou de placas de advertência legíveis ou visíveis. A situação é adequada somente em 11,5% dos trechos.

Segundo a pesquisa, há pelo menos uma curva perigosa em 33,8% da extensão total avaliada, o que corresponde a 33.321 km.

Acostamento

De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2014, em 39,9% dos trechos não há acostamento. Isso prejudica os condutores, uma vez que o trecho na lateral da pista é uma área de evasão importante em situações de emergência, além de ser um apoio para os motoristas.

Nos 60,1% dos trechos em que a estrutura está disponível, 82,3% estão pavimentados e são considerados em perfeitas condições.

O restante apresenta problemas que comprometem o uso e afetam a estrutura principal da pista, já que pode dificultar a drenagem da água em caso de chuva e agravar a erosão.

Pontes e viadutos

A pesquisa aponta que há pontes e viadutos em 52% dos trechos. Em 4,7% (4.664 km) dos casos não há qualquer dispositivo de defensas ou acostamento, elevando o risco para os usuários, já que esses elementos evitam, por exemplo, a queda do veículo em caso de acidente e também amortecem impactos laterais.

Em 12,5% dos trechos há pontes e viadutos com defensas completas e em 34,8%, ao menos um desses elementos está ausente.

Pior avaliação para rodovias públicas

Entre as rodovias administradas pelo poder público, que são 79.515 km ou 80,7% do total, a pior avaliação está relacionada à geometria. Em 56% dos casos é ruim ou péssima; em 26,3% é regular; e em apenas 17,7% é ótima ou boa.

Já entre as concedidas, que respondem por 18.960 km da malha analisada, 40,3% tiveram avaliação ótima ou boa para a geometria; 41,9% a classificação foi regular; e 17,8% foram considerados ruins ou péssimas.

Dados gerais da Pesquisa CNT de Rodovias 2014

A pesquisa avaliou 98.475 km de rodovias pavimentadas, 1.761 km mais que na edição anterior. Desses, 62,1% apresentaram alguma deficiência no pavimento, sinalização ou geometria da via.

Dos trechos analisados, 37,9% apresentaram condições satisfatórias, ou seja, foram classificados como ótimos ou bons. Outros 38,2% estão em condição regular, 17% foram avaliados como ruins e 6,9% como péssimos.
(Com informações da Agência CNT de Notícias)

Pesquisa CNT de Rodovias 2014 aponta, ainda, saturação da malha rodoviária, formada na maior parte por pistas simples de mão dupla.Foto CNT

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights