09/07/2014 08h27
Alerta é da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos; Navi Pillay destaca que 35 milhões não conseguem atingir um nível de escolaridade desejável.
Apesar do consenso internacional sobre a necessidade de eliminar a discriminação contra mulheres na área da educação, cerca de 35 milhões de garotas não conseguem atingir um nível educacional desejável.
O alerta foi feito esta segunda-feira pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos. Navi Pillay indicou algumas causas, como “sistemas patriarcais e estereótipos de gênero perigosos”, aliados à falta de poder socioeconômico.
Trabalhos Domésticos
Por esses e outros problemas, é negado a meninas e mulheres o direito à educação. Em Genebra, Pillay notou que esse fracasso viola o direito que elas têm enquanto seres humanos.
A alta comissária ressaltou que mais meninas do que meninos realizam trabalhos domésticos não-remunerados, incluindo cozinhar e limpar da casa.
Segundo Navi Pillay, as mulheres recebem menos do que homens e têm menor representação política, além de enfrentarem mais desigualdade doméstica e mais violência.
Desequilíbrio
Na opinião dela, o “desequilíbrio de poder” entre os sexos na esfera pública esconde o fato de que a educação não trata de forma significativa as necessidades das mulheres.
A principal preocupação da alta comissária é como garantir o direito à educação para meninas e mulheres. Pillay questionou se as instituições educacionais podem ajudar a eliminar estereótipos sobre papeis tradicionais de mulheres e de homens.
As declarações de Navi Pillay foram feitas na reunião da Cedaw, o Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação contra Mulheres.
(Rádio ONU em Genebra)