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quinta-feira, 28 de março de 2024

Banco Central reduz para 11% estimativa de expansão do crédito este ano

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27/03/2015 13h31

O Banco Central (BC) reduziu de 12% para 11% a projeção de crescimento do estoque das operações de crédito para este ano.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, falou sobre a mudança na previsão no dia (25), em entrevista na qual comentou o comportamento do crédito em fevereiro.

Segundo a autoridade monetária, no mês passado, as operações de crédito somaram R$ 3,026 trilhões, crescendo 0,5% em relação a janeiro e 11% no período de 12 meses.

De acordo com Tulio Maciel, os motivos para a redução são as percepções quanto à atividade econômica e à demanda por crédito. Há algum tempo, o BC vem destacando que a expansão do crédito tende à moderação no país. O crédito encerrou o ano passado com crescimento de 11,3%. A autoridade monetária previa alta de 12%.

A previsão para expansão do crédito livre, modalidade em que os bancos podem emprestar livremente os recursos, também foi reduzida, de 7% para 6%.

As projeções para evolução do crédito direcionado, modalidade em que os empréstimos seguem regras estabelecidas pelo governo, foi mantida em 16%.

Em 2014, o crescimento dessa modalidade foi 19,6%. “Há uma desaceleração, que já está sendo observada”, destacou Tulio Maciel.

Ele divulgou também previsões para o estoque das carteiras de crédito dos bancos públicos e privados. Para os primeiros, está mantida estimativa de expansão de 14%, contra crescimento de 16,7% no fim de 2014.

Para os bancos privados nacionais, a projeção de alta caiu de 9% para 7%. No caso dos bancos privados estrangeiros, foi mantida em 7%.

O chefe do Departamento Econômico do BC comentou ainda o crescimento nas taxas de juros para pessoas físicas, que atingiram 54,3% ao ano em fevereiro, maior patamar desde o início da série histórica, em março de 2011.

Segundo ele, o movimento “reflete o próprio aumento da Selic [taxa básica de juros da economia, que está em 12,75% ao ano]”.

Tulio Maciel ponderou, no entanto, que a série histórica que serve como base de comparação é nova, pois, desde o mês passado, o BC mudou a metodologia de cálculo. “Temos essa série mais curta.

Obviamente, já tivemos episódios com taxas [de juros] maiores do que essa. Na séria antiga, em 2005, [a taxa] chegou a mais de 60%”, comentou.

Uma das prncipais mudanças na metodologia para cálculo dos dados sobre crédito e juros foi a incorporação das taxas do cartão de crédito, que antes não eram consideradas.(Agência Brasil)

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