29/07/2015 16h00
Economia vai retomar caminho de crescimento, diz Levy
O ministro Joaquim Levy afirmou que o ajuste fiscal não é incompatível com o crescimento da economia e que as metas devem ser superadas nos próximos dois anos.
O ministro disse que o Brasil passa por momentos de transformação, em que é preciso encontrar caminhos para evitar a crise.
“A turbulência é passageira e acredito que a economia vai retomar o caminho de crescimento. É um processo que tem momentos mais difíceis mas que chegará a um termo.”
Levy ressaltou a importância de se entender a centralidade e a manutenção do ajuste fiscal e também de reconhecer que certas incertezas têm pesado na economia.
O processo de ajuste da economia está avançando dentro do padrão normal. Empresas têm se adaptado, algumas já encontram condições de voltar a crescer.
Vamos fazer todos os esforços, alinhando entendimento com o Congresso, para garantir uma previsibilidade fiscal que dê tranquilidade também em relação à dinâmica da dívida. Temos uma dívida relativamente grande e temos que estar atentos a sua trajetória.
Para isso, temos que tomar decisões no campo fiscal, no campo do gasto, darmos sinalizações que sejam favoráveis à tranquilidade dos mercados, disse.
O ministro reconhece o momento de incertezas da economia e ressalta que é importante ser realista e transparente quanto ao compromisso com o ajuste fiscal.
“É preciso priorizar despesas e discutir o quanto que essas despesas nos levam a resultados. Temos que avaliar a eficácia, eficiência do gasto para podermos ver a trajetória fiscal. Uma trajetória que dê segurança aos agentes econômicos”.
Levy afirmou ainda que o Brasil vive um momento de oportunidades, um momento de tomar decisões para consolidar o progresso feito nos últimos dez anos.
As declarações foram dadas hoje na cerimônia de comemoração do aniversário de 40 anos da Escola de Administração Fazendária (Esaf).
A Escola faz parte da estrutura do Ministério da Fazenda e seleciona, em todo o país, servidores capacitados para trabalhar na gestão das finanças públicas.(Agência Brasil)