21 C
Dourados
quarta-feira, 24 de abril de 2024

Contra cota, comércio paraguaio fecha as portas nesta terça

- Publicidade -

16/03/2015 17h24 – Atualizado em 16/03/2015 17h24

Em protesto contra cota, comércio paraguaio fecha as portas

Eder Rubens, de Ponta Porã

Os municípios de Pedro Juan Caballero, Ciudad de Leste e Salto de Guairá, fronteira entre Paraguai e Brasil, estarão com as portas do comércio fechado nesta terça-feira (17), das 09 s 11 horas, como forma de protestar pela crise econômica que atravessa o setor em virtude do aumento do dólar, que resultou na diminuição do fluxo de turistas e pela medida imposta pelo governo brasileiro que prevê a redução da cota de compras de importados, passando de U$ 300 para U$ 150.`

A iniciativa idealizada pelo movimento Fronteiras Unidas, que reúne empresários e comerciantes das Câmaras do Comércio de Pedro Juan Caballero, Ciudad de Leste e Salto de Guairá, busca sensibilizar autoridades brasileiras e paraguaias, para o grave problema que atravessa o comércio e também faz parte do clamor pelo aumento da cota que passaria de U$300 para U$500.

O movimento Fronteiras Unidas emitiu uma nota, destacando os argumentos que justificam o aumento da cota. Segundo os empresários, após várias reuniões chegou se a conclusão que além a diminuição da cota não ataca o contrabando, o narcotráfico ou informalidade mas afasta o turismo de famílias e pessoas de bem que se preocupam com a lei para fazer suas aquisições.

Na oportunidade foram apontados números que contradiz a redução da cota, como por exemplo, que a cada U$ 300 gastos pelos brasileiros em suas compras no Paraguai, U$120 volta sob forma de importação direta .Enquanto que a cada U$500 gastos em Miami menos de U$20 voltam ao Brasil por importação. Dados indicam ainda que 92% das pessoas que vem para fronteira são da classe C e D. Os que se beneficiarão do aumento da cota para U$ 500 vem em busca da melhor qualidade de vida e acesso a tecnologia e informação levando desenvolvimento e inclusão ao Brasil.

Outro ponto defendido pelo movimento em favor do aumento da cota de importados ao invés da redução, é a geração de empregos, conforme explicou Fronteiras Unidas, milhares de funcionários da fronteira são brasileiros e grande parcela das vendas no lado brasileiro, são decorrentes dos turistas que vem para fronteira, principalmente para desfrutar da isenção da cota, além dos funcionários das empresas paraguaias que sozinhos já representam 40% das vendas das cidades brasileiras de fronteira.

Na ultima reunião do Fronteiras Unidas, realizada em Pedro Juan Caballero, os comerciantes paraguaios apresentaram números preocupantes relacionados a crise que atravessa o comércio de importados. Em Salto de Guairá, o comércio gera 23 mil empregos diretos, desde o inicio do ano 7 mil já estão desempregados.Em Pedro Juan Caballero, cerca de 700 trabalhadores foram demitidos nos últimos 30 dias.

A novidade do protesto desta terça-feira, ficou por conta da adesão dos comerciantes das três cidades bolivianas, que estão na fronteira com Mato Grosso do Sul.Trata se de Puerto Quijarro, Puerto Suarez e Arroyo Concepcion.

Anderson Carpes, presidente do Ponta Porã Sem Fronteiras Convention Visitors & Bureau, explicou que membros da Câmara do Comércio da Bolívia entraram em contato com seus parceiros de Pedro Juan Caballero, informando que essas cidades estarão fechando os seus comércios em apoio a ação fronteiriça, pois também estão sendo afetados pela situação brasileira.
.

Comércio paraguaio passar por crise com aumento do dólar  foto: Divulgação

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

Edital de balanço

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights