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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Exportação de carne bovina para a China anima criadores

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20/07/2014 07h54 – Atualizado em 20/07/2014 07h54

Exportação de carne bovina para a China anima criadores

Famasul

“Um brasileiro come 40 quilos de carnes por ano enquanto um chinês come quatro. Porém, a China tem 1,4 bilhão de pessoas e é um dos países onde o poder aquisitivo mais cresce no mundo”. A afirmação é do presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Eduardo Riedel, durante a abertura da 43ª Expobel – Exposição Agropecuária de Bela Vista, fazendo referência à negociação de carne bovina brasileira formalizada ontem pelos governos da China e do Brasil.

Um acordo anunciado pelo ministro do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, confirmou a suspensão do embargo chinês à importação de carne bovina brasileira, imposto em 2012. Com a reabertura das exportações, a estimativa é de que o país asiático compre até US$ 1 bilhão em carne brasileira em 2015.

“O Brasil tem condições de ser o grande provedor de alimentos que o mundo precisa, mas para isso é preciso fazer o dever de casa, garantindo segurança jurídica para o produtor”, afirmou Riedel, informado aos produtores da fronteira que uma reunião com o Mapa essa semana poderá trazer mudanças ao status sanitários da ZAV – Zona de Alta Vigilância, que compreende os municípios fronteiriços do Estado. E lembrou às dezenas de lideranças e aos populares presentes na abertura da feira agropecuária que os representantes a serem eleitos no próximo pleito devem assumir o compromisso com o setor agropecuário.

O presidente do Sindicato Rural de Bela Vista, Marcelo Loureiro de Almeida, também fez referências aos litígios de terra, os quais geram insegurança e limitam a expansão do setor agropecuário. Loureiro defendeu o voto pelo agronegócio e pediu a extinção da Funai – Fundação Nacional do Índio. “A Funai usa a falta de terra como responsável pela marginalização dos povos indígenas e deve ser extinta”, afirmou.

Também presente no evento, o superintendente adjunto da Seprotur – Secretaria de Estado de Produção e Turismo, Pedro Pedrossian Neto, lembrou as proporções de utilização do território sul-mato-grossense. De 37,7 milhões de hectares, 20 milhões são ocupados com pastagens, sendo 12 milhões com baixa lotação de animais devido à degradação e apenas quatro milhões dedicados à agricultura. E também fez menção aos litígios de terras, considerando fundamental o respeito ao direito de propriedade. “Se houver necessidade de desapropriação, que se indenize pelo valor justo”, afirmou.

A Expobel vai até o dia 27 de julho e tem na programação atrações como shows, leilões, bailes, laçadas, rodeio e julgamento de animais e outras. Localizada em região de fronteira, Bela Vista tem na pecuária uma de suas principais atividade econômicas, por isso a importância da feira e dos leilões que ela proporciona, os quais movimentam em média, R$ 3 milhões a cada edição, com a oferta de animais para corte, cria, recria e engorda. A programação completa está disponível no site www.sindicatoruraldebelavista.com.br.

Abertura da 43ª Expobel - Exposição Agropecuária de Bela Vista, na manhã desta sexta-feira (18)

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