13/10/2015 17h00
Às margens da reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional especialistas falam em investir em agricultura sustentável; objetivo é produzir comida para 9 bilhões de pessoas.
Em um evento às margens da reunião do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, em Lima, Peru, grupo de especialistas discutiu formas de alimentar a população global em 2050.
Na opinião de alguns dos principais pensadores da gastronomia atual a saída é: investir em agricultura sustentável, preservar a biodiversidade e explorar ingredientes pouco usados atualmente. Dessa forma, será possível produzir comida suficiente para 9 bilhões de pessoas.
Ao lado do premiado chef peruano Gastón Acurio, um grupo formado por agricultores, ambientalistas e autoridades discutiu o futuro da alimentação em meio às mudanças climáticas.
Segundo o Banco Mundial, esse é um tema urgente, já que a agricultura emite mais de 25% do carbono do mundo. E também porque fenômenos como o El Niño, que afeta a América Latina este ano, ameaçam a pesca e as plantações.
Para Gastón Acurio, os chefs de cozinha têm o papel de estimular o debate sobre a produção de alimentos e lembrar que quase 800 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo.
Gatón Acurio disse que
“Os fazendeiros estão muito longe; os pescadores estão muito longe e as crianças estão vulneráveis às campanhas de marketing.
E os chefs podem fazer algo a respeito disso.”
Essas batalhas, segundo o chef de cozinha, têm tudo a ver com o que eles fazem: comida, nutrição, paz e fraternidade.
O chef destacou ainda a importância de seguir pesquisando e experimentando ingredientes pouco usados na culinária atual.
Neles podem estar fontes valiosas de nutrientes para a população global no futuro.
Ele afirmou que a quinoa, por exemplo, era um ingrediente considerado pouco nobre há 10 anos.
Hoje, já se sabe que é o grão mais nutritivo que existe. Está presente nos restaurantes mais caros do Peru e até no cardápio dos astronautas da NASA.(Rádio ONU em Nova York)