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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mecanização na colheita da cana-de-açúcar atinge 84,8%

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04/03/2015 12h29

Mecanização na colheita da cana-de-açúcar atinge 84,8%, afirma IEA

O Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ambos ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estimaram o percentual de área colhida por máquinas na colheita da cana-de-açúcar na safra agrícola 2013/14.

Do total de área em produção, ou área de corte (5.497.118 hectares), 84,8% encontra-se mecanizada, correspondendo a 4.659.684,0 hectares, aumento de 3,5% em relação à safra 2012/13.

Consequentemente, o restante da área em produção ainda demanda trabalhadores para a colheita manual, como será visto adiante.

A partir desse índice é possível acompanhar a evolução da mecanização da colheita de cana-de-açúcar e avaliar o cumprimento de dois marcos regulatórios que tem por finalidade é proteção ambiental e a erradicação da queima da cana-de-açúcar em território paulista.

“Os dados indicam que 15 EDRs encontram-se com índices de mecanização acima da média estadual e que juntos representam 50,5% do total de área em produção da cana-de-açúcar, afirmam Carlos Fredo, Denise Caser, Alceu Veiga Filho e Mário Olivette, pesquisadores do IEA e Raquel Sachs, pesquisadora da Apta Polo Regional Centro-Sul, autores do artigo.

Entretanto, algumas regiões, como Piracicaba, encontram-se abaixo da média (72,7%) e apresentam dificuldades para aumentar a mecanização por conta de dois fatores: a declividade do solo que impede o uso de colhedoras e a presença de fornecedores de cana-de-açúcar com áreas inferiores a 150 hectares.

Tais fatores dificultam o cumprimento do Protocolo Agroambiental nos prazos estabelecidos, porém, ainda possuem uma margem de tempo para a mecanização por meio da Lei n. 11.241 de 2002.

O índice de mecanização permite mensurar, também, o impacto da colheita mecânica sobre o emprego de cortadores de cana-de-açúcar.

Na safra 2013/14, a demanda por trabalhadores na colheita foi estimada em 51,7 mil cortadores, cerca de 18 mil a menos em relação à safra 2012/13.

Destaca-se o EDR de Orlândia, segundo maior EDR em área em produção, que apresentou nessa safra 77,3% de sua área já mecanizada, mas que ainda é responsável por aproximadamente 6 mil cortadores.

Outros EDRs, como Barretos, Catanduva e Presidente Prudente demandam juntos cerca de 10 mil cortadores na colheita manual.

Essas regiões, bem como outras em que o processo de mecanização se intensifica e é irreversível, ainda merecem atenção pelas questões sociais que os marcos regulatórios impuseram a essa classe trabalhista. Reforça-se aqui sempre a preocupação de políticas voltadas para esses cortadores seja no processo de requalificação ou no controle ao desemprego, questões essas deixadas de lado na formulação de tais marcos regulatórios.

(Agrolink com informações de assessoria)

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