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terça-feira, 23 de abril de 2024

Novos números da cana-de-açúcar são considerados baixistas

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25/07/2014 09h44

O total de moagem de cana-de-açúcar acumulado até a 2ª quinzena de junho foi de 202,9 milhões de toneladas. É o que apontam números divulgados pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) nesta semana.

“O número foi considerado baixista pelo mercado que o comparou com o mesmo período do ano passado, em que o total de moagem foi de 182 milhões de toneladas.

A leitura do mercado é que o ritmo acelerado de moagem se mantenha. No contraponto, por exemplo, a safra 2010/2011, no mesmo período analisado, mais de 215 milhões de toneladas foram moídas e depois o ano fechou com 557 milhões.

Algumas previsões para este ano, em sua maioria, revisam o número para baixo. Há um consenso entre 550-560 milhões de toneladas.

E, mesmo assim, o mercado continua a cair”, avalia Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos em commodities agrícolas e diretor da Archer Consulting.

Em etanol, as vendas mensais para o mercado interno, nos primeiros seis meses do ano, atingiram o total de 11,25 bilhões de litros: 12,3% maior do que o mesmo período no ano passado.

O anidro respondeu por 4,83 bilhões de litros e o hidratado 6,42 bilhões de litros com variações de 24,2% e 4,8%, respectivamente.

“Essa diferença tão grande do hidratado em relação ao anidro demonstra que o número de proprietários de veículos flex que preferem abastecer com etanol hidratado é estável, em função da perda da paridade com o preço da gasolina na maioria dos estados; enquanto que o anidro continua crescendo para fazer frente a alta no consumo de combustíveis (8,5% nos últimos 12 meses).

Como, em média, o 1º. semestre do ano representa 45% das vendas totais do ano, encerraríamos o ano de 2014 com 25 bilhões de litros”, comenta o gestor de riscos.

Segundo ele, o que surpreende negativamente no setor sucroalcooleiro é o desempenho das exportações de etanol.

Nos seis primeiros meses de 2014, o volume foi de apenas 768 milhões de litros, uma queda brusca de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Com o preço do milho caindo na bolsa de Chicago nos últimos 30 dias em 13,4%, acumulando uma perda de 31,4% nos últimos doze meses, é natural que o etanol de milho ocupe espaços no mercado internacional deixando o etanol brasileiro sem condições de competir”, conclui Arnaldo.
(Agrolink)

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