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quinta-feira, 28 de março de 2024

ONU reforça a importância da agricultura familiar para o mundo

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25/10/2014 09h44

Novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), Estado da Alimentação e da Agricultura, mostra que a agricultura familiar tem capacidade para colaborar na erradicação da fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável.

No Brasil, ela já desempenha esse papel importante. Com pelo menos cinco milhões* de famílias, o segmento representa 84% de todas as propriedades rurais do País, apesar de ocupar apenas 24,3% do total da área utilizada por estabelecidos agropecuários.

“Nós estamos em um Brasil novo com um rural novo. Um país que superou a fome.

Se antes nós tínhamos 14% da nossa população que não se alimentava, que passava fome, nós reduzimos isso para 1,7%.

Então, para que o país continue crescendo com sustentabilidade e estabilidade, com desenvolvimento, e geração de renda, precisamos ter uma agricultura familiar e reforma agrária forte”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller.

Incentivos à agricultura familiar

Entre os incentivos do governo brasileiro para a agricultura familiar, está o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para a safra atual, foram destinados R$ 24,1 bilhões para financiar plantações e comprar equipamentos de modernização das propriedades.

Nos três primeiros meses da safra 2014/2015, os agricultores já contrataram R$ 8,3 bilhões nas diversas linhas de crédito rural do Programa.

É pelo Pronaf que os agricultores acessam o Mais Alimentos, o programa que permite aos produtores familiares comprarem tratores e implementos agrícolas com juros subsidiados.

E isso ajuda a aumentar a produtividade e, consequentemente, a quantidade e qualidade dos alimentos que os brasileiros consomem.

Preservação ambiental

Segundo o documento da ONU, a agricultura familiar produz cerca de 80% dos alimentos consumidos e preserva 75% dos recursos agrícolas do planeta.

No Brasil, os agricultores familiares são responsáveis pela maioria dos alimentos que chegam à mesa da população, como o leite (58%), a mandioca (83%) e o feijão (70%).

E, para aprimorar cada vez mais a oferta de produtos saudáveis e cultivados de forma sustentável, os agricultores familiares contam, agora, com o Brasil Agroecológico que já atende mais de 130 mil famílias.

Cerca de R$ 8,8 bilhões em recursos estão disponíveis, para serem usados até 2015 na integração, articulação e adequação de políticas, programas e ações de transição agroecológica. Para dar suporte, os agricultores têm os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

A Ater proporciona ao agricultor a troca de conhecimento, seja para produção tradicional ou para a orgânica e agroecológica. Atualmente, mais de 800 mil famílias de agricultores e assentados da reforma agrária já recebem esse atendimento.

A expectativa é que a ação seja ampliada, a partir do funcionamento da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

Segundo o ministro, as ações do governo brasileiro são integradas e isso demonstra a efetividade no meio rural.

“A nossa política para o rural está integrada. Nós desenvolvemos um leque de ações como o crédito, a assistência técnica, o acesso à terra.

E o nosso intuito é que elas cheguem aos nossos agricultores, homens e mulheres que trabalham no campo”, ressaltou Müller.

Além de contar com respaldo técnico e recursos para custear e investir na produção, os agricultores têm, ainda, garantia de renda com o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). O objetivo é proporcionar recursos para que o trabalhador permaneça no campo e produzindo.

A partir de janeiro de 2015, será assegurado não só o que foi investido como a renda esperada pelo produtor.

Atualmente, os agricultores podem fazer uso do Garantia-Safra, outro mecanismo de segurança, voltado para os trabalhadores rurais de baixa renda localizados em regiões atingidas por adversidades climáticas.

Mercados consumidores

Essas políticas fortalecem o rural brasileiro e aumentam a produção de alimentos que, por sua vez, podem ser comercializados nos mercados institucionais.

Por meio de programas como o de Alimentação Escolar (Pnae) gestores educacionais são incentivados a incluírem os produtos da agricultura familiar na merenda escolar. É alimento de qualidade aos alunos e a certeza de renda para quem produz.

*Número de famílias que possuem documento que dá acesso às políticas públicas para a agricultura familiar, como o crédito, por exemplo.
(Ascom/ MDA)

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