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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Planejamento e execução são os segredos do sistema de confinamento

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27/11/2014 16h00

No Brasil, o confinamento é mais propriamente utilizado para a terminação de bovinos, que é a fase da produção que imediatamente antecede o abate do animal, ou seja, envolve o acabamento da carcaça que será comercializada.

A qualidade do produto (bovino) produzido no confinamento é assim dependente das outras fases da produção.

E, como o ramo da pecuária é um dos mais importantes do agronegócio brasileiro, a cada dia novas técnicas e ferramentas de manejo são testadas para aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos.

Os produtores investem na produção e o sistema de confinamento vem crescendo no Brasil. Esse sistema é utilizado para a terminação de bovinos, que é a fase da produção que imediatamente antecede o abate do animal, envolve o acabamento da carcaça que será comercializada.

Do total de animais produzidos no Brasil, cerca de 9% são provenientes de confinamentos. Em um estudo realizado pela Assocon, a Associação Nacional dos Confinadores, o censo nacional feito em 2012, foram mapeados 1348 confinamentos no Brasil.

Segundo a assessora técnica da Assocon, Juliane da Silva Gomes, o sistema de terminação em confinamento permite encurtar o tempo de abate dos animais, levando ao aumento da eficiência produtiva do rebanho por meio da redução na idade de abate e melhor aproveitamento do animal e evita que haja perda de peso do gado no período de entressafra.

“Faz da nutrição do gado um mercado para alimentos e subprodutos da propriedade; dando destino à forragem excedente de verão, além de favorecer liberação de áreas de pastagens para outras categorias durante o período de confinamento”, completa a assessora.

Para o sucesso da atividade, não há receita exata, porque fatores diversos influenciam. De toda forma, o confinamento exige mão-de-obra qualificada e atenção redobrada para aproveitar todo seu potencial.

O GMD (ganho médio diário) do animal, por exemplo, pode variar de 1,072 kg/dia a até 1,815 kg/dia/aimal – apontando um valor médio de 1,497 kg, segundo dados da Assocon.

O produtor deve levar em consideração vários fatores, pois trata-se de uma prática que requer gestão e técnica. Na hora de analisar a viabilidade de sua implantação, deve-se levar em conta:

Fontes de animais para terminação: mapear fornecedores próximos da propriedade, estabelecer um raio limite de busca a fim de evitar que os animais passem muito tempo na estrada, gerando estresse, perda de peso e alto custo com transporte;

Fonte de alimentos: um dos mais importantes, pois pode representar até 30% do custo total. A dieta deve ser uma combinação de produtos nutritivos com preço e disponibilidade na região;

Preço e mercado: a conta precisa fechar no fim do ciclo: preços de aquisição do animal para terminação e de venda dele pronto devem ser compensatórios.

Em resumo, trata-se de uma atividade estratégica, que quando bem planejada e executada é vantajosa o ano todo.

Confinamento em 2014

Em 2014, o custo diário por animal variou bastante. Dependendo da região do país e dos insumos utilizados, esse custo variou entre R$ 4,27 e R$ 7,20 por animal.

A nutrição utilizada faz toda a diferença no custo e na qualidade da carne. Entre os insumos mais utilizados pelos produtores estão milho, caroço de algodão, farelo de soja, casca de soja, silagem de milho, silagem de sorgo, sorgo, polpa cítrica e ureia.

Assim como todo sistema, o confinamento tem suas vantagens e desvantagens. Pelo fato de o animal ficar em piquetes, o risco de adoecer é maior e o manejo sanitário deve ser mais intensificado.
(Rural Centro)

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