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terça-feira, 23 de abril de 2024

Terceirização vai reduzir salários em 24%, afirmam comerciários

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21/04/2015 07h16 – Atualizado em 21/04/2015 07h16

Douradosagora

O salário dos trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos empregados formais, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), informa a Fetracom/MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), que luta, junto com seus sindicatos filiados e centrais sindicais, contra a aprovação do “famigerado” Projeto de Lei 4.330/2004, que trata da terceirização.

A federação, que representa mais de 120 mil empregados no comércio, entende que a medida, se aprovada, permitindo a terceirização nos setores fim, provocará o caos no mercado de trabalho e um dos principais efeitos será a drástica redução de salários.

Pedro Lima, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados – Secod, disse que “a bancada parlamentar Federal de Mato Grosso do Sul, eleita sobretudo com a maioria de votos da classe trabalhadora, no nosso entendimento, tem o dever de impedir que esse malfadado projeto de lei seja aprovado”.

“Apelamos aos senhores(as) deputados e senadores para que somem força contra a aprovação dessa matéria, que certamente provocará a redução de salário bem como, a extinção da estabilidade e outros direitos trabalhista e previdenciários”, afirmou Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS (Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Empresas de Serviços Contábeis de MS).

A Fetracom e seus sindicatos filiados, somam forças com outras federações, centrais sindicais e confederações, de trabalhadores na luta contra a aprovação da PL 4.330. “A classe trabalhadora sul-mato-grossense precisa tomar posição e contribuir para que o Brasil não seja afetado por tamanha ameaça”, afirma Divino José Martins, presidente do Sec/Ponta Porã.

Entre as consequências, que causará a eventual aprovação do projeto de lei, a toda classe trabalhadora as entidades citam como exemplo, o salário dos trabalhadores terceirizados já serem em média 24% menor do que o dos empregados formais, segundo o Dieese. No setor bancário, a diferença é ainda maior: eles ganham em média um terço do salário dos contratados diretamente.

Além disso, os terceirizados trabalham em média, 3 horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com esses trabalhadores fazendo jornadas maiores, certamente irá diminuir os postos de trabalho em todos os setores. “São por essas e outras razões, que não podemos permitir a aprovação desse Projeto”, afirma Sidney Ribeiro, presidente do Sec/Naviraí.

Representantes de sindicatos protestaram contra a terceirização de mão de obra em reunião na Comissão de Direitos Humanosfoto - Geraldo Magela/Agência Senado

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