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sábado, 20 de abril de 2024

Professores decidem por greve mas prefeitura diz que haverá aulas

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15/07/2014 13h53 – Atualizado em 15/07/2014 13h53

Dos cerca de 1,9 mil educadores, aproximadamente 700 são contratados e são eles que não devem aderir a paralisação

Flávio Verão

Professores e técnicos administrativos da Rede Municipal de Ensino em Dourados decidiram deflagrar greve na manhã desta terça-feira. Eles recusaram proposta da Prefeitura que ofereceu reajuste inflacionário de 8,32% para professores e de 6,15% para os administrativos a partir de julho, retroativo a abril. O retorno das aulas após o período de férias escolares está marcada para quinta-feira e, segundo a Secretaria de Educação, haverá aulas normalmente.

A greve foi oficialmente decretada durante assembleia na manhã de hoje na sede do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted). Após professores e administrativos recusarem a proposta da prefeitura, eles foram protestar em frente ao centro de eventos Dom Teodardo Leitz, ao lado da prefeitura.

“Infelizmente as negociações não avançaram e a categoria decidiu pela greve a partir de hoje em todas as escolas municipais e Ceims”, disse João Vanderley, presidente do Simted. Centenas de professores, com faixas e cartazes protestaram em frente ao centro de eventos na manhã de hoje.

João disse ainda que a categoria segue aberta a negociações e espera que a prefeitura garanta o reajuste inflacionário de forma imediata, conforme decidido em convenção em abril, período de data base. Os professores cobram ainda a lei nacional do piso que garante R$ 1697 para uma carga horária de 40 horas, contudo eles pedem esse mesmo valor para 20 horas de trabalho, conforme será aplicado a partir de outubro em Campo Grande.

Aulas

Os 27 mil estudantes da rede municipal voltam das férias letivas na quinta-feira, dia 17. Por meio da assessoria, a secretária de Educação Marinisa Mizoguchi informou que as aulas não estão suspensas e serão retomadas normalmente em todas as escolas e Ceims.

Ainda de acordo com a assessoria, a prefeitura propôs aos professores que devido à crise financeira que atinge o município vai conceder o reajuste de 8,32% para professores e de 6,15% para os administrativos a partir de julho, retroativo a abril, como determina lei. O reajuste do período será concedido em três parcelas, junto com o salário já corrigido em julho.

Em relação ao piso, segundo a assessoria, a reivindicação do sindicato da categoria representa dobrar o valor pago atualmente e isso demanda um grande volume de recursos. A prefeitura propõe apresentar até outubro deste ano um estudo de como conceder o piso da forma como o sindicato reivindica.

Realidade

Segundo o Simted, há aproximadamente de 1900 professores na rede municipal de Ensino em Dourados. Desse total, cerca de 700 são contratados, profissionais que provavelmente não devem aderir a paralisação, por medo de algum tipo de retaliação. Há quase 8 anos não há concurso público para professores no município.

De acordo com João Vanderley, até sexta-feira 80% das escolas devem aderir ao movimento grevista, pois cada escola faz uma reunião interna, antes de aderir ao movimento. “Acreditamos que na semana que vem a paralisação deve ser maior, como na greve passada”, disse ele.

Professores durante protesto em frente ao centro de eventos Dom Teodardo Leitz, ao lado da prefeituraFoto: Hedio Fazan

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