18/07/2014 13h44 – Atualizado em 18/07/2014 13h44
Flávio Verão
O impasse na educação da rede municipal de Dourados deve se estender por um longo período. A queda de braço entre o sindicato dos professores, o Simted, e a Secretaria de Educação promete árduas batalhas nos próximos dias.
“Não consideramos a greve legal porque não fomos comunicados”, disse ao Dourados Agora a secretária de educação, Marinisa Mizoguchi. Por conta disso, ela argumenta que os educadores que aderiram à paralisação devem ter desconto na folha de pagamento pelos dias não trabalhados. “Se não estão em sala de aula, não estão trabalhando e se não trabalham não tem o direito de receber”, acrescentou em entrevista por telefone.
Marinisa disse ainda que já está tomando outras medidas, como por exemplo, contratar professores para lecionarem no lugar dos grevistas, bem como entrar como uma ação na justiça contra a greve.
Ontem mesmo o sindicato ficou sabendo da possibilidade da Secretaria de Educação contratar professores no lugar dos grevistas e entrou com ação no Ministério Público Estadual (MPE), por considerar essa prática ilegal, além de imoral.
Os professores estão em paralisação desde terça-feira, porém, somente na quinta as aulas foram retomadas após o período de férias letivas. O presidente do Simted, João Vanderley Azevedo, garante que a greve é legal e respeita todas as recomendações conforme exigidas por lei.
Pelo que apurou o Dourados Agora, pouco mais da metade das escolas municipais estão de portas fechadas. É recomendável aos pais que, antes de levar os filhos às escolas, entrar em contato com a direção.
