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quinta-feira, 25 de abril de 2024

UFGD participa de programa para apoiar escolas da fronteira

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01/02/2014 07h55 – Atualizado em 01/02/2014 07h55

UFGD

Os professores da rede básica enfrentam vários desafios no seu dia-a-dia. Em regiões de fronteira somam-se dificuldades de um público especial de alunos: as crianças criadas em países vizinhos, que foram educadas em outra língua e com outras tradições culturais.

Nos 15.719 quilômetros de fronteira do Brasil, existem 28 cidades-gêmeas, cidades de fronteira seca com países estrangeiros. Dessas 28 cidades, sete ficam em Mato Grosso do Sul. Nessas regiões acontece o fluxo livre de pessoas e de costumes, e, no entanto, as escolas não estão totalmente preparadas para vivenciar essa diversidade cultural e linguística.

“Não são poucas crianças que cresceram falando Guarani, no interior do Paraguai, ou que só falam castelhano e de repente se vêm matriculadas em escolas do lado de cá da fronteira. Alguns pais fazem isso porque se mudaram para o lado brasileiro da fronteira, ou porque julgam que a escola brasileira seja melhor. Mas o fato é que essas crianças têm dificuldades porque não dominam o português, e a escola não oferece educação bilíngue”, relata a professora Maria Ceres Pereira, docente da Universidade Federal da Grande Dourados.

É para auxiliar as escolas a vencer estes desafios, e proporcionar ensino público de qualidade para todas as crianças matrículas em escolas de fronteira, que o Ministério da Educação desenvolveu o Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF). A Universidade Federal da Grande Dourados é integrante desse programa nacional, que envolve outras 10 universidades brasileiras e o Ministério da Educação de países fronteiriços.

Através deste programa, docentes da UFGD orientaram atividades em duas escolas de fronteira: uma em Ponta Porã, outra em Pedro Juan Caballero. Os professores passaram por uma atualização sobre a diversidade cultural e linguística, tratando os alunos de origens diferentes não como uma dificuldade, mas como uma oportunidade de enriquecer o aprendizado de todos.

Nesta sexta-feira, dia 31 de janeiro, uma equipe de docentes da UFGD estará na sede do SIMTED em Ponta Porã, apresentando os resultados que foram alcançados pelo programa até 2013, e quais as perspectivas das atividades em 2014. O evento contará com a presença do coordenador técnico do Programa Escolas Interculturais de Fronteira, do Ministério da Educação, professor Paulo Alves da Silva.

Na programação, além da fala do representante do MEC, estão previstas palestras com as coordenadoras do PEIF/UFGD: professora Maria Ceres Pereira e Gicelma Chacaroschi Torchi; uma mesa de debate com representantes da Secretaria Estadual de Educação e da Universidade Federal da Santa Maria; e ainda apresentações de danças folclóricas paraguaias e de Performances da Fronteira.

Damião Duque de Farias recebe Paulo Alves da Silva, do MEC, juntamente com a chefe de gabinete da Reitoria, professora Marlene Marchetti e as professoras Maria Ceres Pereira e Gicelma Chacaroschi Torchi, coordenadoras do PEIF/UFGD. Foto: Assessoria

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