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terça-feira, 16 de abril de 2024

Frente Parlamentar comemora redução da fome no Brasil

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18/09/2014 15h00

A Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional comemorou a redução da fome no Brasil, constatada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O relatório “O estado da segurança alimentar e nutricional no Brasil” foi divulgado na terça-feira (16), pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo o documento, o Brasil tem hoje 3,4 milhões de pessoas que não comem diariamente, o que equivale a 1,7% da população do País, bem abaixo dos 14,8% registrados no início dos anos 1990.

De acordo com a FAO, os números mostram que o Brasil cumpriu a meta de reduzir à metade a proporção de pessoas que sofrem com a fome, estabelecida em um dos Objetivos do Milênio da ONU, no ano 2000.

O órgão atribui esse resultado a “dezenas de políticas articuladas”, como o Fome Zero, o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae – Lei 11.947/09) e a construção de cisternas no Nordeste.

Referência para outros países

O coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional, deputado Padre João (PT-MG), ressalta que tais políticas foram aprovadas pelo Congresso Nacional depois de intensa articulação dos parlamentares, sobretudo com os conselhos de segurança alimentar (Consea) e de agricultura familiar.

“Aí vem um papel muito importante não só da Câmara, mas também da interação com os conselhos. São diversos programas, como o de aquisição de alimentos e a própria lei da alimentação escolar que está sendo copiada por diversos países da América Latina, Caribe e da África.

A Câmara deu uma contribuição, dialogou com toda a sociedade civil organizada e com o Poder Executivo para a gente ter uma lei que é referência para outros países na questão da segurança alimentar”.

Para ter uma vida saudável, a recomendação da ONU é que a pessoa, acima de 12 anos, coma pelo menos 2.200 calorias por dia.

O documento da FAO revela que o Brasil também cumpriu a meta de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome, estipulada na Cúpula Mundial sobre Alimentação, realizada em 1996.

Outro dado revela a redução de 65% da pobreza e de 75% da extrema pobreza entre 2001 e 2012, números também comemorados pelo deputado Padre João, em nome da frente parlamentar.

“Enquanto muitos questionavam o Bolsa Família – até dizendo que era dinheiro distribuído para o povo beber cachaça -, administrou-se tão pouco recurso tão bem, vinculando esse recurso à educação, à frequência escolar e ao acompanhamento médico. É o Brasil que dá uma guinada em direção aos mais pobres”.

Fome no mundo

Ao anunciar o estudo, a diretora-geral assistente da ONU, Eve Crowley, lembrou que, na última década, 100 milhões de pessoas deixaram de passar fome no mundo.

No entanto, outros 805 milhões ainda sofrem hoje com esse problema, o que corresponde a 11,3% da população do planeta.

“A alimentação é transversal, não é essencial só para a vida, mas para a educação, a saúde e a capacidade criativa e inovadora de indivíduos, comunidades e sociedades inteiras.

É também essencial para a saúde ambiental, a produtividade e o crescimento econômico e a resiliência contra os choques futuros. Sem uma boa alimentação, todas essas coisas que são aspirações da humanidade não são possíveis”.

Segundo a FAO, a América Latina e o Caribe são as regiões que mais avançaram no combate à fome nos últimos 20 anos.
(Agência Câmara Notícias)

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