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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Judiciário buscará mais agilidade com aplicação da Justiça Restaurativa

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15/05/2015 15h28

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançaram dia, (12), em Brasília, a campanha nacional Justiça Restaurativa do Brasil, voltada para busca de soluções pacíficas para conflitos por meio de diálogo entre as partes envolvidas e a mediação do judiciário, de forma a acelerar o julgamento dos processos e desafogar a justiça.

Durante o evento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowki, disse que a quantidade de processos que corre na justiça no país e o número de magistrados atuando nesses casos torna a justiça menos eficiente.

“O CNJ vem trabalhando ativamente na solução alternativa de conflitos. São cem milhões de processos tramitando no Brasil, para apenas 16.5 mil magistrados.

Evidentemente, nós estamos diante de uma missão impossível. Então o CNJ tem patrocinado essas formas alternativas de solução de litígios, sobretudo naquilo que se chama direitos disponíveis, direitos patrimoniais, em torno dos quais as partes podem transigir”, disse o ministro.

A justiça restaurativa consiste na busca por soluções pacíficas para os conflitos e tensões sociais gerados por violência, crimes ou infrações, integrando com diálogos e intermediação todas as partes envolvidas: o ofensor; o ofendido, parentes e amigos dos envolvidos, pessoas da comunidade e o facilitador.

De acordo com o presidente da AMB, João Ricardo Costa, a campanha visa a institucionalizar o modelo alternativo de solução de conflitos no país. “O objetivo é popularizar o conhecimento de soluções alternativas dentro do Judiciário.

Promover uma cultura desse método de solução de conflitos. Fazer com que os juízes se apropriem e as administrações dos tribunais venham pensar a justiça restaurativa como uma forma de intervenção para ser institucionalizada”, disse.

Ainda em fase embrionária, de acordo com o juiz e coordenador para a difusão da justiça restaurativa, Leoberto Brancher, a medida é responsável por uma redução de 23% no número de reincidência entre adolescentes, numa mostra de 380 casos acompanhados em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Ele ressalta, porém, que o maior benefício da medida é a adoção de uma nova cultura de atendimento dos conflitos.

Leoberto disse ainda que o modelo alcançará também outros campos das políticas públicas no país: “A nova cultura deve atingir também políticas como a da segurança, educação, assistência social, e outros campos importantes da sociedade”.

Como o objetivo de dar divulgação mais ampla à campanha, será lançado um hotsite para a divulgação do projeto, confeccionando peças publicitárias e divulgação em redes sociais, formalização de parcerias institucionais e acadêmicas, mobilização interna junto às associações e tribunais e capacitação por meio de magistraturas.(Agência Brasil)

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