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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Abelhas sem ferrão podem ser criadas na cidade, afirma instrutor do Senar

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16/09/2014 18h18 –

Assessoria

Já imaginou criar abelhas em casa ou até em apartamento? Pode parecer estranho, até mesmo impossível, mas para o instrutor do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS e presidente da Feams – Federação de Apicultura e Meliponicultura de MS, Gustavo Nadeu Bijos, além de viável, é totalmente possível. Segundo ele, abelhas indígenas sem ferrão podem ser criadas em áreas urbanas sem risco de acidentes. O Senar/MS oferece um curso para a criação de abelhas dessa espécie, que neste mês será realizado em Dourados, entre os dias 17 e 19.

A criação de abelhas sem ferrão difere da criação das africanizadas, que possuem ferrão. “Elas são criadas até mesmo em apartamentos e pessoas de todas as idades podem praticar essa atividade”, destaca Bijos, ao ressaltar que as colmeias são diferentes e que há medidas de acordo com cada espécie. O instrutor explica que as abelhas possuem o instrumento de defesa. “A diferença é que ele é atrofiado na maior parte das nativas brasileiras”.

Uma das vantagens da criação de abelhas sem ferrão é a contribuição que a espécie dá para a manutenção de plantas nativas. “A maior vantagem é porque elas polinizam plantas nativas brasileiras, gerando mais sementes viáveis e consequentemente novas plantas”, sustenta Bijos. Segundo o apicultor, se a espécie sem ferrão entrar em extinção, a flora pode ser prejudicada. “Se nossas abelhas nativas sumirem, várias espécies vegetais também correm o risco de desaparecer.”

A qualidade do mel também difere das africanizadas, já que possui cor clara e maior teor de água, entre 25% e 35%. “As abelhas sem ferrão produzem um mel único em sabor. Essa quantidade de água presente no mel contribui para um sabor menos enjoativo”, salienta o instrutor do Senar/MS, que fala ainda dos cuidados na manutenção do mel produzido. “Essas características fazem com que o mel seja mais perecível. Em seu estado natural, deve ser mantido sob refrigeração”, explica.

O investimento mínimo inicial vai de R$ 60 e pode chegar a R$ 400, dependendo do enxame. O apicultor ressalta que tudo depende da espécie e do tipo de produção. “O mel também é comercializado conforme a espécie. O quilo do produto varia entre R$ 80 e R$ 120”, assinala Bijos, ao afirmar que a maioria dos meliponicultores trabalha com a venda de enxames. Ele indica aos interessados em praticar a atividade definir a espécie a ser criada e conhecer seu manejo correto, o que pode ser feito por meio de capacitações.

Nesta semana, a entidade oferece 64 cursos para o homem do campo. Para saber mais, acesse www.senarms.org.br ou ligue no 3320-9700.

Sobre o Sistema Famasul – O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.

O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 17% do PIB sul-mato-grossense.

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