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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Embrapa lança projeto para capacitar agricultores em sustentabilidade

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04/10/2015 12h00

Ação tem orçamento de R$ 6 milhões, será executada em cinco anos e capacitará 3 mil famílias em regiões de biodiversidade.

A capacitação de pequenos produtores e agricultores familiares para o uso sustentável de recursos naturais, visando à conservação dos biomas da Amazônia, da Caatinga e do Cerrado estão entre os objetivos de projeto lançado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), 28 de setembro, em cerimônia em Brasília.

Batizada “Integração da conservação da biodiversidade e uso sustentável nas práticas de produção de produtos florestais não madeireiros e sistemas agroflorestais em paisagens florestais de usos múltiplos de alto valor para a conservação”, a ação será desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

O projeto será executado em cinco anos e recebeu US$ 6 milhões de doação do Fundo Global para o Meio Ambiente.

Além do Pnud, a iniciativa é apoiada pelos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura; pela Companhia Nacional de Abastecimento, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e por organizações da sociedade civil.

Coordenador da iniciativa e pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Aldicir Scariot explicou que premissa básica do projeto é promover uma associação íntima entre agroextrativismo e biodiversidade.

“O agroextrativismo é uma oportunidade ímpar para aliar uso sustentável da terra e a conservação”, frisou Scariot.

O projeto prevê a promoção de técnicas de manejo para extração de produtos florestais como frutas, sementes, castanhas, amêndoas, borracha e fibras, entre outros.

Os moradores das regiões selecionadas serão formados tanto para o extrativismo como para sistemas que integram agricultura e floresta, de forma que a proteção dos biomas se torne uma alternativa mais interessante que o uso não sustentável da terra, como a prática da monocultura e o desmatamento. A meta é capacitar 540 técnicos e 3 mil famílias em três anos.

As áreas selecionadas para a ação têm importância comprovada para a biodiversidade global e estão sob ameaça pelo aumento da pressão do uso da terra, com práticas agrícolas e pecuárias que degradam o ambiente.

A expectativa é que, ao promover soluções locais para as regiões selecionadas, o Brasil desenvolva técnicas que possam ser propagadas para outras regiões do país por meio de políticas públicas.

Os Territórios da Cidadania (TC) escolhidos são o Alto Rio Pardo (MG) e Médio Mearim (MA), no Cerrado, o Sertão São Francisco (BA) e Sobral (CE), na Caatinga, e o Alto Acre e Capixaba (AC) e Marajó (PA), no bioma Amazônia.

Estão concentrados nesses locais grupos de quilombolas, indígenas e outras populações tradicionais que têm a agricultura familiar tradicional e o agroextrativismo como principais atividades de subsistência.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Cristina Barros, afirma que a iniciativa pode ajudar a pacificar o entendimento de que conservação ambiental e desenvolvimento econômico podem andar juntos.

“Muitos profissionais dos dois lados, ambiental e desenvolvimentista, ainda acham que conservação é só aquilo que está isolado das pessoas, o que não é verdade.

Há práticas, como as propostas pelo projeto, em que se tem o uso da biodiversidade inclusive como uma forma de conservação, que valoriza aquela floresta, cerrado ou caatinga, e garante que se perpetue.”

O representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, disse que o projeto vai ao encontro da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, compromisso firmado pelos países-membros da ONU na última sexta-feira (25), em Nova York, e tem potencial para ser levado a outros países.

“O projeto apresentado é desenvolvimento sustentável puro. Inclui a sustentabilidade no sentido amplo, ambiental, social e econômica – é o tipo de iniciativa que vai permitir que se atinjam os objetivos do desenvolvimento sustentável.”, disse Chediek durante o lançamento oficial do projeto.(Portal Brasil com informações da Agência Brasil e Embrapa)

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