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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Morre Ariano Suassuna, de O Auto da Compadecida

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24/07/2014 08h40 – Atualizado em 24/07/2014 08h40

Morre Ariano Suassuna, de “O Auto da Compadecida”

O escritor Ariano Suassuna morreu ontem, no Real Hospital Português, de Recife, onde ele estava internado desde a noite de segunda-feira. Suassuna teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana, segundo nota do hospital.

De acordo com Carlos André Moreira, o escritor Suassuna alcançou a consagração em 1955, com a estreia de O Auto da Compadecida. A peça recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Teatro naquele ano e se tornou um dos espetáculos mais populares do teatro nacional – foi adaptado para o cinema com sucesso em duas ocasiões, com os Trapalhões interpretando a peça, em 1987, com direção de Roberto Farias, e em 1999, dirigida por Guel Arraes primeiro como minissérie para a TV Globo e, no ano seguinte, lançada como longa-metragem nos cinemas.

Algumas das obras de Suassuna

A Pena e a Lei

Em mais uma mistura de tragédia e comédia, a peça escrita em 1959 busca inspiração nos mamulengos, tradicional teatro de bonecos nordestino. A encenação começa com os atores imitando bonecos, um deles elaborando um plano para conquistar a mulher pela qual está apaixonado e despistar dois inimigos que querem matá-lo. Suassuna subverte a lógica do mamulengo e a usa em sua narrativa: os bonecos vão ficando cada vez mais humanos, e os próprios apresentadores da peça começam a fazer parte da trama.

A Farsa da Boa Preguiça

Trabalho escrito em 1960, apresenta a história do pobre poeta popular Joaquim Simão e sua mulher, Nevinha, cobiçada pelo rico Aderaldo. É um trabalho que cruza enredos de histórias de mamulengo e contos populares, além de elementos de poesia barroca e literatura de cordel, sendo considerado um exemplar trabalho de intertextualidade. A peça se tornou um especial veiculado pela Rede Globo, em 1995, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta

Narrativa publicada em 1971, é inspirada em um episódio ocorrido no sertão nordestino do século 19, onde um grupo tentou fazer ressurgir o rei Dom Sebastião. Trata-se de mais uma história baseada na cultura popular sertaneja, trabalhando a influência do mundo ibérico no nordeste sob o ponto de vista de um prisioneiro subversivo que se declara descendente de monarcas. Carlos Drummond de Andrade definiu o texto como um “romance-memorial-poema-folhetim”. O livro foi adaptado para televisão, na minissérie exibida pela Rede Globo em 2007.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2014/07/relembre-as-principais-obras-de-ariano-suassuna-4557533.html

www.pragmatismopolitico.com.br

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