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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Pilotos de Campos fizeram trajeto de descida diferente do previsto, diz FAB

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26/01/2015 17h36 – Atualizado em 26/01/2015 17h36

G1

A coleta dos dados sobre o acidente aéreo que matou o ex-candidato à Presidência da República Eduardo Campos em agosto do ano passado mostrou que os pilotos realizaram um trajeto diferente do oficialmente previsto para realizar o pouso, informaram durante apresentação realizada nesta segunda-feira (26), em Brasília, oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Tanto na descida inicial para a pista da Base Aérea de Santos, quanto na arremetida (quando o avião sobe de volta no momento em que não consegue aterrissar na primeira vez), os radares captaram um percurso diferente do recomendado no mapa. Durante esse trajeto, a tripulação também não informou precisamente os locais por onde passava nos momentos em que isso é exigido.

Segundo o tenente-coronel Raul de Souza, o piloto fez “trajeto diferente do previsto na carta. A gente não pode concluir que ele tenha feito um ‘atalho’. Ele fez um procedimento diferente do que estava previsto” (veja na imagem acima).

Os responsáveis pela análise, porém, disseram que ainda não é possível concluir se esse fator contribuiu para o acidente nem se houve erro dos pilotos. Essa avaliação ainda será feita pelos técnicos da Cenipa, que não têm como atribuição apontar causas do acidente, mas fazer recomendações para evitar novas ocorrências e situações de risco.

“A gente não pode afirmar que houve falha humana ainda”, afirmou o tenente-coronel Raul de Souza. “Ainda estamos entrando nessa fase de análise para chegarmos às conclusões. Nós ainda vamos interpretar esses dados para a gente chegar ao momento em que a gente diga: ‘sim, isso contribuiu” ou ‘não, isso não contribuiu'”, afirmou o chefe do Cenipa, brigadeiro-do-ar Dilton José Shuck.

Habilitação

Além disso, a documentação mostrou que, embora habilitados para voar num modelo anterior do avião, os pilotos ainda não tinham feito o treinamento recomendado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar a aeronave utilizada, com equipamentos mais modernos.

Segundo o tenente-coronel Raul de Souza, na data do acidente, os dois pilotos tinham habilitação para o modelo Cessna 560, e não para o Cessna 560 XL+, modelo do avião acidentado.

A investigação aponta que avião estava com uma inclinação de 38 graus negativos no momento do pouso, enquanto o correto seria que a aeronave estivesse inclinada entre 3 e 3,5 graus. A Aeronáutica, porém, não explicou o motivo da inclinação.

Durante a apresentação, o coordenador da investigação, tenente-coronel Raul de Souza, disse que as condições do avião e do clima eram suficientes para realizar um pouso seguro. “Os motores funcionavam perfeitamente na hora do impacto e com potência”, afirmou. Além disso, não houve colisão com Vants (veículos aéreos não tripulados) nem com pássaros.

“Até agora a coleta de dados não identificou nenhuma falha técnica da aeronave. Com relação a falha humana, a gente não pode afirmar que houve falha humana ainda. Isso é a próxima fase da análise”, declarou o major Carlos Henrique Baldin, que também participa da investigação.

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