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quinta-feira, 28 de março de 2024

‘Racismo existe. Mas a gente vai passar com a nossa cor’

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18/11/2015 08h00

Em encontro sobre ações de promoção da igualdade racial, mulheres discutem seu lugar na sociedade.
“Racismo existe. Mas a gente vai querer passar com a nossa cor”.

A provocação de Rosângela de Paula, diretora de projetos e comunicação do Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba (Monumes), deu o tom do encontro entre treze movimentos sociais de mulheres negras para discutir ações de promoção da igualdade racial na segunda (16), em Brasília.

O encontro serviu para a apresentação de resultados dos projetos vencedores, em 2014, do Prêmio Lélia Gonzalez, pelo qual o governo federal distribuiu R$ 2 milhões para fomentar iniciativas em prol das mulheres negras.

Entre as ações reportadas esteve a iniciativa do Centro de Informação e Documentação Coisa de Mulher. A organização não governamental (ONG) do Rio de Janeiro realizou cursos e seminários focados no empoderamento da mulher negra, incluindo desde administração do orçamento doméstico até a preparação para cursos superiores e especializações universitárias.

A diretora da Coisa de Mulher, Sandra Ribeiro, disse que o movimento buscou reverter o espaço ocupado pelas negras na “base da pirâmide” social do País.

“O empoderamento da mulher negra é se reconhecer, se ver e se colocar nos espaços de poder”, afirmou. “Os espaços de poder são cerceados às mulheres negras. Então, esses projetos são ações afirmativas para despertar a mulher”, disse.

No interior de São Paulo, o Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba (Momunes) focou na ampliação das mulheres no espaço político do município.

Para isso, foram realizados uma série de seminários sob o título Mulher em Preto e Branco: Participação das Mulheres no Processo Político.

“Esse seminário foi uma necessidade solicitada pelas mulheres, que enxergaram na política um empoderamento para a comunidade”, disse.

Rosângela de Paula, classificou o seminário como parte da “conscientização” da mulher na cidade paulista. “Esse processo de conscientizar a mulher é dizer: você pode, você quer e você deve fazer”, acrescentou.

O prêmio Lélia Gonzalez (1935-1994) leva o nome da antropóloga e professora universitária conhecida por estudar as condições de exploração e opressão do negro e da mulher na sociedade brasileira.

“O prêmio é muito importante para nós para fazer o fortalecimento de políticas de afirmação racial”, disse o gerente de projetos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Lindivaldo Oliveira Leite Junior.(Portal Brasil)

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