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sexta-feira, 29 de março de 2024

Revista aponta que acesso à internet está longe de ser universal no Brasil

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28/02/2015 08h00

Pesquisas recentes mostram que o acesso à internet ainda está longe de ser universal no Brasil, apesar de ser considerado um direito básico pelas organizações civis.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), conhecido por sua atuação em prol de moradia digna para todos, em julho passado, promoveu uma série de manifestações que apresentava um novo tópico na pauta de lutas: o acesso à telefonia e à internet móvel.

Na ocasião, milhares de manifestantes se mobilizaram, em São Paulo, para cobrar melhorias nos serviços e a ampliação dos investimentos.

O que o MTST mostrou vai ao encontro daquilo que outras organizações da sociedade civil têm tentado deixar claro: que o acesso à internet de qualidade não é tão só um bem de consumo. Em vez disso, deveria ser tratado como um direito fundamental.

É assim, aliás, que está escrito no recém-aprovado Marco Civil da Internet. No artigo 7º, a nova lei indica: “o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania”.

Apesar disso, menos da metade dos lares brasileiros estão conectados à internet. É o que aponta a edição mais recente da pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Cetic, o centro de estudos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

O levantamento, feito entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014, mostra que a proporção total de domicílios com acesso à internet é de apenas 43%.

E as desigualdades por classe social e área são grandes: enquanto, na classe A, 98% dos lares têm acesso à rede, esse percentual cai para 8% nas classes D e E.

Nas áreas urbanas, a proporção de casas conectadas é de 48%, enquanto nas áreas rurais é de apenas 15%.

“Isso é muito pouco. O Brasil é, hoje, a sétima maior economia do mundo. Ter menos da metade de seus domicílios conectados é um sintoma grave de como o acesso à internet ainda não é visto como um serviço fundamental e um direito de todos”, define Pedro Ekman, um dos coordenadores do coletivo Intervozes.
(Fundação Oswaldo Cruz – Ministério da Saúde)

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