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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Colhedora mal operada prejudica o canavial e reduz a vida útil da máquina

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24/01/2015 14h00

O número de colhedoras de cana próprias das usinas de açúcar e etanol do Estado de São Paulo triplicou desde a safra 2007/08. Naquele ano, o número de máquinas de colheita era de 917. Já em 2013/14, esse valor saltou para 2.856.

Esses dados, elaborados pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), mostram o maciço investimento na mecanização da colheita da cana-de-açúcar no Estado ocorrido após a assinatura do Protocolo Agroambiental, em 2007.

Mas não foram apenas as usinas que alteraram seus sistemas de produção. Os fornecedores de cana já registraram grandes avanços em mecanização da colheita.

Um fato interessante é que, desde 2007, cerca de 70,8 mil hectares foram deixados de lado pelos fornecedores, o que evidencia que uma parcela de produtores deixou de cultivar a cana em áreas não apropriadas à mecanização da cultura.

Estímulo para a aceleração da mecanização da cana no Estado, o Protocolo Agroambiental foi assinado pela cadeia sucroenergética e pelo governo do Estado de São Paulo com a finalidade de, entre outros objetivos, extinguir a queima dos canaviais para fins de colheita.

O setor se esforçou e teve sucesso no cumprimento do Protocolo. Segundo Dib Nunes, diretor do Grupo IDEA, 2014 terminou com cerca de 90% de mecanização da colheita nas áreas ocupadas com cana-de-açúcar no Estado, onde é possível a operação de máquinas.

Tecnologia ainda em fase de desenvolvimento, o plantio mecanizado já está sendo praticado em aproximadamente 68% dos canaviais.

Se por um lado o setor comemora o resultado de seu esforço pela mecanização da cultura, por outro os canaviais estão dando um sinal de alerta.

Com um número cada vez maior de máquinas operando nos canaviais, o setor produtivo precisa se aperfeiçoar para que as operações não danifiquem a soqueira e comprometam a formação do canavial.

Segundo Dib Nunes, muitos profissionais que trabalham na operação destas máquinas estão abusando da velocidade.

“A tecnologia da colheita mecanizada foi feita para colher a cana em determinada velocidade. E se isso é negligenciado, o impacto sobre a brotação da soqueira é absurdamente elevado”, salienta.

Dib destaca que este tema tem que ser discutido com profundidade por todos os profissionais envolvidos com a mecanização da cana-de-açúcar, a fim de que se possa encontrar soluções.

“Nosso pessoal está usando as máquinas acima da capacidade operacional, trabalhando em alta velocidade, o que traz prejuízos à planta, como arranquio da cana, compactação do solo, falhas no canavial”, completa.

Além disso, a operação inadequada tem causado maior desgaste às colhedoras, com aumento do custo de manutenção.

“Se o setor não debater o assunto e buscar solução para isto, a durabilidade das máquinas será cada vez menor, e o impacto das operações nos canaviais será cada vez maior”, alerta Dib.

Este será um dos temas debatidos durante o principal evento voltado à mecanização e produtividade do setor sucroenergético no mundo: o Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-açúcar, promovido pelo Grupo IDEA.

O evento, que neste ano chega à sua 17ª edição, ocorre nos dias 25 e 26 de março no Centro de Eventos Taiwan, em Ribeirão Preto.

(Agrolink com informações de assessoria)

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