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sábado, 20 de abril de 2024

Especialistas defendem uso de colostro animal em alimentação humana

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22/11/2015 13h27

Consumo humano desse líquido é proibido no Brasil, mas autorizado em outros países.

Especialistas ouvidos pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural defenderam a utilização do colostro animal para fins de consumo humano.

O colostro é o leite de baixo volume produzido pelos mamíferos nos primeiros dias de amamentação pós-parto.

A especialista em regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fátima Braga, relatou diversas experiências da utilização desse leite no mundo.

Segundo Braga, no Canadá, por exemplo, a substância é caracterizada como alimento tipo medicinal. Na Austrália e na Nova Zelândia, o colostro também é permitido. No Brasil, no entanto, o consumo humano desse líquido é proibido.

Na visão da médica veterinária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater), Mara Helena Saafeld, o país perde com a proibição. Ela afirmou que o líquido é desperdiçado no Brasil, mas poderia alimentar muitas pessoas que hoje passam fome.

Legislação antiga

Saafeld disse também que a legislação que proíbe a utilização do colostro no Brasil, da década de 50, é muito retrógrada.

“Essa proibição deve-se ao fato de problemas tecnológicos. Eu não posso misturar um produto que tem um ponto de pasteurização diferente. Se eu pasteurizo o colostro na mesma temperatura do leite, vai coagular.

E isso deve ter causado, lá por 1940, muitos problemas tecnológicos, quando começou a pasteurizar, quando começou a se usar o leite barriga mole, que ainda temos hoje no Brasil”, disse.

“E deveria então, na nossa legislação, dizer isso: que não se pode misturar colostro ao leite, mas não que é proibido.”

Medicamentos

Ainda segundo a veterinária, o colostro pode ser usado na indústria de suplementos e de medicamentos, no tratamento de doenças gastrointestinais e como estimulante do sistema imunológico.

O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que solicitou a audiência pública sobre o tema, disse que vai agendar em janeiro uma reunião com órgãos competentes e especialistas para estudar mais a fundo possíveis mudanças na legislação.(Agência Câmara Notícias)

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