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sexta-feira, 29 de março de 2024

Falta de mão de obra qualificada dificulta expansão da inseminação artificial

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12/09/2014 16h24

Falta de mão de obra qualificada dificulta expansão da inseminação artificial no Brasil

O mercado de inseminação artificial movimenta mais de R$ 400 milhões por ano. Embora a técnica seja a principal ferramenta para promover o melhoramento genético nos rebanhos brasileiros, somente 10% das matrizes são inseminadas no Brasil. A falta de mão de obra qualificada tem sido a principal dificuldade enfrentada pelos pecuaristas.

O produtor Jonhann Schicht tem 150 vacas em lactação com média diária de produção de 3.500 litros de leite. O índice de prenhêz na última estação de monta foi de 45%. Para melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho, ele decidiu investir em cursos de capacitação de mão de obra.

Contratamos pessoas relativamente jovens e treinamos elas primeiro aqui na fazenda. O gerente da fazenda é agrônomo e veterinário e realiza o treinamento do dia a dia; além disso, nós também mandamos os funcionários para o curso.

O kit completo com matérias para inseminação custa, em média, R$ 2 mil. Já o curso de capacitação de mão de obra sai R$ 350, investimento que garante maior produtividade e retorno econômico ao produtor.

O curso de inseminação artificial é dividido em duas etapas, a teórica e a prática. Normalmente, o curso é realizado em cinco dias, tempo suficiente para a pessoa aprender a técnica, que é muito simples – explica o instrutor técnico Antônio Trajan

Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), pouco mais 10% das matrizes dos rebanhos brasileiros são inseminadas, um número pequeno em comparação com países como Holanda e Estados Unidos, onde mais de 90% das matrizes provêm dessa técnica.

O último levantamento feito pela Asbia, em março deste ano, mostra que o mercado de inseminação cresceu 5,5%.

O Rio Grande do Sul é o Estado que possui o maior número de vacas inseminadas, cerca de 50%. Já na pecuária de corte, Mato Grosso do Sul lidera, com 17% do rebanho.

A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (Iatf), técnica muito utilizada em rebanhos de corte, cresceu 80 vezes nos últimos 10 anos, número que poderia ter sido ainda maior.

O brasileiro precisa adquirir mais essa cultura de tecnificar, e a inseminação artificial é uma tecnologia. Outra questão é a falta de incentivo, nós não temos políticas de incentivo para a melhoria do rebanho em termos genéticos.

A gente não tem incentivo por parte das indústrias, tanto de laticínio como de frigoríficos, para produzir um animal de melhor qualidade – destaca o diretor da Asbia, Tiago Carrara.
(Canal Rural)

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