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quinta-feira, 28 de março de 2024

Projetos do setor sucroenergético receberão R$ 1,48 bilhões

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19/07/2014 10h44

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep, agência de fomento à inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destinarão R$ 1,48 bilhão a projetos inovadores no setor sucroenergético, através do Plano de Ação Conjunta PAISS Agrícola.

O repasse será feito a 35 planos de negócio, de 29 empresas distintas, divulgadas nesta quinta, dia 17. Os investimentos somam R$ 1,9 bilhão, resultado que supera em quase 30% o orçamento original do PAISS Agrícola. Foram enviados para a seleção 61 planos de negócio de 48 empresas.

Do total de R$ 1,48 bilhão disponibilizado, R$ 80 milhões são de recursos não reembolsáveis, sendo R$ 40 milhões por meio do Fundo Tecnológico-BNDES Funtec e R$ 40 milhões de Subvenção Econômica da Finep.

Esse conjunto de Planos de Negócio aprovados compõe um quadro de 126 projetos inovadores habilitados, inseridos nas cadeias produtivas da cana-de-açúcar ou de outras culturas energéticas compatíveis, complementares ou consorciáveis com o sistema agroindustrial do setor sucroenergético.

Entre as cinco linhas temáticas do PAISS Agrícola, aquela com maior número de planos selecionados contempla sistemas integrados de manejo, planejamento e controle da produção.

Do total de projetos selecionados, 14 receberam indicação de recursos não reembolsáveis (Finep Subvenção e BNDES Funtec), pois apresentaram propostas de alto risco tecnológico e elevado grau de inovação, com potencial para alterar o paradigma tecnológico do setor sucroenergético.

Desenvolvimento de variedades transgênicas e de sementes artificiais de cana, bem como conceitos totalmente novos de máquinas e equipamentos para plantio e colheita, são exemplos de projetos que receberam indicação de recursos não reembolsáveis.

Os primeiros desembolsos do PAISS Agrícola deverão ocorrer ainda em 2014. Detalhes do Plano de Ação Conjunta podem ser obtidos na Finep e no BNDES.

PAISS Agrícola

A produtividade da lavoura brasileira de cana-de-açúcar atingiu, em 2007, a marca histórica de 11.200 kg de Açúcares Totais Recuperáveis por hectare (ATR/ha), nível quase 130% superior ao verificado em 1975, no início do Proálcool, o que representou ganhos de produtividade de quase 3% ao ano.

A performance agrícola dos últimos anos, porém, passou a apresentar trajetória distinta, com anos seguidos de reduções de produtividade, tendo atingido menos de 1% de incremento anual na última década.

O intuito do PAISS Agrícola é acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias que aumentem a eficiência do setor sucroenergético e, consequentemente, proporcionem maiores ganhos de produtividade no médio e longo prazos.

Para se ter ideia desse potencial, se o ganho anual de produtividade agrícola da cana, atualmente inferior a 1%, fosse ampliado para 3%, seria possível adicionar cerca de 12 bilhões de litros de etanol até o início da próxima década, o que equivaleria a um aumento superior a 40% em relação à produção atual de etanol.

A título de comparação, para que se tenha essa mesma capacidade produtiva de etanol, seria necessário investir R$ 40 bilhões para a construção de 40 novas usinas, cada uma com capacidade para processar 4 milhões de toneladas de cana por safra, o que exigiria cerca de 2 milhões de hectares em áreas de expansão de canaviais.
(Canal Rural)

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