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terça-feira, 19 de março de 2024

Setor aéreo discute formação de mão de obra especializada

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30/03/2015 11h28

Conforme a Abear, devem ser criados mais de 600 mil novos postos de trabalho até 2020.

A qualificação de mão de obra é um dos principais desafios enfrentados pelo setor aéreo no mundo. Isso decorre do crescimento acelerado da demanda e da necessidade de formação especializada para a operação aeroportuária e aeronáutica.

Somente no Brasil, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) estima que sejam criados 670 mil novos postos de trabalho até 2020 e que, com isso, o setor passe a empregar 1,9 milhão de pessoas.

Conforme o presidente da CFly, empresa de gestão de aeronaves e consultoria, Francisco Lyra, o Brasil tem que superar obstáculos nos aspectos quantitativo, qualitativo e econômico.

“A elevação da frota brasileira – que hoje, na aviação geral, é a segunda maior do mundo, com 14 mil aeronaves – impõe dobrar a quantidade de profissionais formados a cada cinco ou dez anos”, diz.

Para ele, a atual crise econômica é uma oportunidade para acelerar a solução desse gargalo. Qualitativamente, Lyra defende a importância de modernização dos currículos.

Já na questão econômica, destaca que “a formação tem que caber no bolso do aluno”. Além disso, salienta a importância de se investir em pesquisa e registro de patentes.

Uma das iniciativas em desenvolvimento pela CFly é a Universidade do Ar. A proposta é criar um aeroporto/escola que permita treinamento prático.

O projeto deve ser executado em parceria com outras instituições de ensino e inclui o desenvolvimento de um estudo para identificar qual é a demanda por diferentes profissionais.

Entre os parceiros da iniciativa está a Embry-Riddle, maior universidade especializada em formação voltada para atividade aeroespacial e de aviação no mundo.

O superintendente de Navegação Aérea da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Juliano Noman, diz que a necessidade de acelerar a qualificação em todas as regiões do país é uma preocupação do governo federal.

Segundo ele, é necessário cobrir o deficit que existe de aeronautas, nas carreiras de infraestrutura aeroportuária, aeronáutica, navegação aérea, aeronavegabilidade (com formação de mecânicos, por exemplo), edificações, indústria de manufatura, pesquisa e desenvolvimento.

De acordo com Noman, a pasta desenvolve, desde 2012, o Programa Treinar, voltado especialmente à aviação regional.

Desde então, 1,3 mil pessoas receberam treinamento em 160 aeroportos. As atividades beneficiadas foram de bombeiros de aeroportos, gestores, manutenção, operações aeroportuárias e fiscais de pátio.

O Executivo atua, ainda, em outras frentes. Uma delas é o INCT (Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), que fomenta linhas de pesquisa na área de controle e gerenciamento de tráfego aéreo.

Outra é a oferta de cursos técnicos, por meio do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e de uma parceria com o Sest Senat, credenciado junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), para atuar como centro de instrução de aviação civil.

Conforme Noman, a presença de unidades do sistema em todo o país deve garantir maior capilaridade na oferta de cursos para o setor.

Além disso, foi criada a Bolsa Piloto, com o objetivo de permitir que jovens de baixa renda possam se tornar pilotos na aviação privada e comercial.

A formação de recursos humanos foi um dos temas discutidos durante a Airport Infra Expo 2015, que reuniu representantes da indústria da aviação civil em Brasília (DF), nos dias 24 e 25 de março.
(Agência CNT de Notícias)

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