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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Armados, fazendeiros tentam desocupar terras em conflito

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29/08/2015 15h17 – Atualizado em 29/08/2015 15h17

Da redação

Armados, fazendeiros tentam desocupar propriedades rurais retomadas por indígenas Guarani e Kaiowá desde a semana passada na cidade de Antônio João . Na manhã deste sábado, os ruralistas chegaram na Fazenda Barra em pelo menos 40 camionetes para tentar tirar os indígenas do local.

Equipes da Força Nacional e do DOF acompanham o caso desde que os indígenas passaram a ocupar as propriedades. Até agora não há registro de confronto. Segundo o jornal Correio do Estado, os indígenas também estão armados, com espingardas, arco e flecha. Além de armas, fazendeiros, cerca de cem, estão com coletes à prova de balas.

Os Guarani e Kaiowá denominam as regiões ocupadas como Ñanderu Marangatu, terras homologadas pela Presidência da República, cujos efeitos do decreto estão suspensos pela Justiça desde setembro de 2005.

No total, os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam duas fazendas para Ñanderu Marangatu ser ocupada na íntegra pelos indígenas.

Conflito

Os Guarani e Kaiowá de Ñanderu Marangatu, segundo estudos antropológicos, foram retirados de seu território na década de 1950. Os colonos chegaram à região, tomaram as terras e obrigavam os indígenas a trabalhar em situação análoga à escravidão.

O local foi moradia da liderança Marçal Tupã Marçal de Souza, assassinado em 1983. Desde o início dos anos 70 ele denunciava a expropriação de terras indígenas, a exploração ilegal de madeira, a escravização de índios e o tráfico de meninas índias.

Conflito na região desde semana passadaFoto: DOF

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