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quinta-feira, 25 de abril de 2024

A força feminina na rodovia da vida

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07/03/2015 18h32 – Atualizado em 07/03/2015 18h32

Elas representam quase 30% da força de trabalho na Concessionária CCR MSVia, presente em Mato Grosso do Sul desde abril de 2014. Dos 589 colaboradores, 165 são mulheres. Em qualquer ponto dos 845,4 quilômetros da BR-163/MS que cruzam o Estado, a simpatia, a beleza e a feminilidade conjugam com a competência, a força e a agilidade dessas mulheres que revelam a paixão pelo trabalho. Desde o Centro de Controle Operacional aos serviços de resgate no SAU – Serviço de Atendimento ao Usuário, a atuação delas é exemplo para o universo masculino.

A colaboradora Eliza Maria Scarpa Faria, que divide sua jornada de trabalho na inspeção de tráfego e no guincho leve, é a prova de que não há limitações para uma mulher em cargos antes só ocupados por homens. “Dirijo caminhão há mais de dez anos e mesmo assim ainda me deparo com olhares surpresos. Acredito que seja de admiração pela minha coragem de assumir uma profissão como essa”, diz Eliza. Na estrada, ela concilia a força física com a suavidade feminina. “Estou sempre com os cabelos presos, bem cuidados, um brinco discreto e não abro mão do batom”, revela.

A relação de Eliza com as rodovias vem de longa data. Por dez anos, ela e o marido Nelci Lopes Faria se dividiam no volante de um caminhão que, segundo ela, só desligava nas paradas de carga e descarga, alimentação e banho. “Ele dirigia pela manhã e eu à noite”. Na época, a filha Danielly, hoje com 12 anos, ficava aos cuidados da avó materna enquanto o casal rodava o Brasil transportando soja, milho e adubo. Danielly ganhou uma irmã, a Júlia, atualmente com um ano e seis meses, o que motivou a família a criar raízes em Mundo Novo. “Minha paixão é a família”, afirma.

Do sonho de ser psicóloga, Eliza confessa que hoje se sente ainda mais realizada do que se tivesse optado pela faculdade de Psicologia. “Muito do meu trabalho é orientar as pessoas que trafegam na rodovia”, diz, apontando a estrada como parte da sua história. “Vir para CCR MSVia me trouxe mais ânimo, mais vida. Estar na estrada e ajudar faz muita diferença para mim”, finaliza.

A médica socorrista Maíra Esperandio Santos Muniz, mora em São Gabriel do Oeste e está na CCR MSVia desde outubro de 2014. Em sua trajetória, ela destaca o parto realizado dentro da viatura de resgate da Concessionária como o momento mais emocionante. “Foi uma grata surpresa. Estávamos nos deslocando para o hospital e no meio do caminho vi que não ia dar tempo. Fizemos o trabalho de parto em movimento. Não foi o primeiro parto que fiz, mas, certamente, o mais emocionante”, conta.

Maíra se alegra em revelar que não presenciou nenhum óbito na estrada. “A CCR MSVia é referência em atendimento e me sinto honrada em fazer parte da equipe. Sinto-me amparada no trabalho, tenho recursos, resolutividade. É um trabalho de primeira linha e me esforço para estar a altura”. Quando menina, inspirada pela avó, chegou a pensar em ser costureira. “Cheguei até fazer roupas de bonecas e sonhava em continuar, mas sei que minha vida é o que eu faço agora”, conta. Hoje, ela afirma que não sofre preconceitos, mas que ainda percebe olhares curiosos. “Não só por ser mulher, mas por ser tão jovem, em uma profissão que cuida da vida das pessoas”, diz.

A técnica de Enfermagem, Ana Paula Lechuga de Jesus, também encara um desafio diário, desde março de 2014, quando assumiu o cargo de supervisora de APH (Atendimento Pré-Hospitalar), supervisionando o trabalho da Concessionária em 4 bases na rodovia. Diante de acidentes graves, Ana Paula também faz a supervisão no local para auxiliar a equipe. Tanta responsabilidade só aumenta a satisfação e realização pessoal da profissional. “Desde que entrei, fiquei encantada com o trabalho da CCR MSVia. A adrenalina de fazer o atendimento é muito boa”, conta.

Casada e apaixonada pela família, a técnica se comove ao falar da sua dedicação. “Meus pais e meu marido sentem orgulho. Costumo dizer que ao deixar a minha família para ir para a rodovia, assumo a responsabilidade de cuidar de outras tantas famílias”, diz emocionada. Desde pequena, ela já sabia que iria cuidar das pessoas. Ana chegou a cursar Turismo, mas, de cara, viu que não era sua praia. “A área da Saúde era meu destino”. “Não há nada mais gratificante que terminar uma ocorrência e saber que o usuário está bem. A CCR MSVia veio para nosso Estado com uma proposta de reeducação no trânsito para transformar a estrada da morte em rodovia da vida”. Por fim, a técnica em Enfermagem revela que, nas horas vagas, gosta de passear e admirar a natureza. O nascer e o pôr do sol são suas paixões. “Faz o dia valer a pena”.

De sorriso estampado no rosto, a simpática Maria Emília de Oliveira Panhoti é atendente do Centro de Controle Operacional da CCR MSVia. “Toda a movimentação da rodovia passa pelo CCO. Acionamos, via rádio, as viaturas que estão operando na BR, verificamos ocorrências para avisar a equipe, além de ficarmos atentos às obras”, relata. Jornalista por formação, Maria está na Concessionária desde setembro de 2014. Seu trabalho é motivo de orgulho para toda a família. “Vim de São Caetano do Sul, em São Paulo, e lá já sabíamos do grande trabalho que o Grupo realizava”, conta, orgulhosa por fazer parte da equipe.

Mãe de um menino de dois anos, ela chegou até a cantar em banda na época da faculdade, e lembra que, quando criança sonhava em ser médica. “Agora, de alguma forma, ajudo a salvar vidas”.

Exemplos como o dela, o de Ana Paula, Maíra e Eliza comprovam que a participação das mulheres no mercado de trabalho é uma estrada já trilhada com sucesso. A dedicação e comprometimento das colaboradoras comprovam que a força feminina é também a mola propulsora para a consolidação de uma empresa.

Ocupando cargos que antes eram exclusivamente dos homens, mulheres ganham respeito e admiração dos usuários da BR-163/MSFoto: Rachid Waked

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