21/04/2015 08h57 – Atualizado em 21/04/2015 08h57
Advogado diz que lutador não lembra de assassinato em hotel
Do G1 MS
O lutador Rafael Martinelli Queiroz, suspeito de matar o engenheiro Paulo Cesar Oliveira em um hotel de Campo Grande, não lembra do assassinato que aconteceu na noite de sábado , segundo o advogado Darguim Julião Junior. Ao G1, a defesa informou que o lutador está preso e ainda não foi ouvido pela polícia por não ter condições psicológicas.
“Ele fala coisas desconexas e não se lembra do que aconteceu. Se apega mais a pertences. Na data de hoje, já começou a recordar algumas situações como, por exemplo, o hotel onde estava hospedado, mas não entramos nos detalhes do crime para preservar a saúde mental dele neste momento”, explicou.
O lutador, 27 anos, que é de Valparaíso (SP), estava em Campo Grande onde participaria, na noite de sábado, de um campeonato de jiu-jítsu na categoria faixa preta acima de 90 quilos, mas não chegou a competir.
O crime aconteceu em um hotel na avenida Afonso Pena, no bairro Amambaí, depois de uma discussão entre Rafael e a namorada de 24 anos. Segundo a Polícia Civil, o engenheiro era vizinho de quarto, não conhecia o casal e estava na capital de Mato Grosso do Sul a trabalho.
Ainda segundo a polícia, o hóspede foi morto “de graça” pelo lutador, que entrou no apartamento da vítima a procura da namorada, que tinha fugido do quarto do casal depois de ser agredida. A defesa diz que o comportamento agressivo do lutador surpreendeu a família e amigos dele.
Conforme Junior, a família informou que Rafael tomava remédios antidepressivos há cerca de um ano e meio e, recentemente, também começou a tomar remédio para emagrecer. Um exame toxicológico será pedido pela defesa para apurar se os medicamentos podem ter influenciado na atitude do lutador.